Famílias com menor renda têm maior aumento da intenção de consumir

No RS, indicador registrou queda de 23,3%

Crédito: Alexandre Barros/Divulgação

A intenção de consumo aumentou em junho, com maior intensidade nas famílias com renda abaixo de 10 salários mínimos (alta de 0,6% em junho), enquanto as famílias com renda acima de 10 salários mínimos tiveram alta de 0,2%. A  Intenção de Consumo das Famílias (ICF) apurado mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), e divulgado nesta sexta-feira, 21, aponta ainda que na visão para os próximos meses, a perspectiva de consumo cresceu 0,5% nas famílias de maior renda e 0,9% naquelas com menor renda.

A satisfação com o mercado de trabalho é maior entre as famílias de menor renda, com o indicador de emprego atual aumentando 0,3% nesse grupo, enquanto houve queda de 0,4% entre as famílias de maior renda. “As famílias de menor renda têm maior avanço na perspectiva de consumo por conta da melhora da percepção do emprego, apesar da dificuldade de acesso ao crédito”, resume o economista-chefe da CNC.

RIO GRANDE DO SUL

Em virtude da crise climática, o Rio Grande do Sul registrou queda de 23,3% na intenção de consumo em comparação com junho do ano passado e de 3,4% frente ao mês anterior, a maior desde outubro do ano passado. Todos os indicadores estaduais mostraram quedas mensal e anual, com destaque para o subindicador que mede a perspectiva profissional, seguido pelo momento para compra de duráveis. Felipe Tavares ressalta que esse movimento é coerente com a situação de fechamento de negócios destruídos pelas enchentes de maio. “Na mesma lógica, a perspectiva de comprar bens duráveis foi afetada porque, em um primeiro momento, a prioridade para os gaúchos são produtos essenciais”, analisa.