Um total de 7 gaúchos em cada 10 não pensam em mudar de endereço, apesar do impacto das cheias no Rio Grande do Sul. Já outros 3 consideram mudar de casa para evitar problemas com eventos climáticos extremos, como enchentes, inundações ou secas prolongadas. Este é o resultado de uma pesquisa inédita realizada pela startup Loft, em parceria com a Offerwise, chamada “Impacto de Eventos Climáticos na Moradia no Brasil”.
A tragédia no estado aumentou a preocupação de 80% dos moradores de cidades gaúchas com as emergências climáticas e 41% afirmam que o episódio afetou de alguma forma o desejo de se mudar do local onde vivem agora. O estudo contou com mil entrevistas online, entre os dias 4 e 7 de junho, em uma amostra representativa da população brasileira adulta. A margem de erro é de 3 pontos percentuais.
“Apesar do percentual considerável de pessoas que pensam em se mudar, menos de um quarto têm confiança de que teriam os recursos necessários para fazer a mudança. Já os outros 70% que não pensa em se mudar, 70% é maior do que o observado em estados que não foram afetados por enchentes e inundações nas últimas semanas”, afirma Fábio Takahashi, gerente de Dados da Loft.
No cenário de uma eventual mudança, as características que os gaúchos consideram mais importantes para evitar problemas com episódios alarmantes são: distância de encostas e morros (67%), distância de rios, lagos, represas, etc. (65%) e a existência de sistema de monitoramento e alerta de eventos climáticos atípicos (55%).
O estudo apontou, ainda, que 80% dos gaúchos acreditam que suas moradias já são afetadas por eventos climáticos extremos. Analisando por tipo de evento, 69% afirmaram que já foram afetados ou têm alguém próximo que já foi afetado por inundações e/ou enchentes. Outros 37% relataram ter enfrentado tempestades severas – as duas opções mais citadas. Em nível nacional, 62% dizem que eventos climáticos extremos afetam suas moradias, e os eventos mais citados foram inundações e/ou enchentes (32%) e ondas de calor (31%).