Reunião do Copom define a nova taxa Selic nesta quarta

Comunicado será divulgado após o fechamento do mercado.

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Quando o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central encerrar a reunião de junho nesta quarta-feira, 19, qualquer decisão diferente de 9×0 estará errada. A opinião é de Ricardo Tadeu Martins, economista-chefe da Planner Investimentos para quem a unanimidade é fundamental para primeiro, reativa Planner Investimentos r a coerência interna e gerar credibilidade e, segundo, reancorar as expectativas, expurgando os excessos nas projeções da pesquisa Focus, minimizando dúvidas sobre leniência inflacionária. O comunicado será divulgado após o fechamento do mercado.

“A decisão de manter a taxa de juros ou cortar 0,25% será uma decisão de muita conversa, avaliação e convencimento de um colegiado altamente técnico. O dissenso na reunião anterior trouxe a defesa do Guidance não respeitado, e isso é compromisso assumido, mas trouxe por consenso unânime a preocupação com riscos externos, persistência da inflação de Serviços subjacentes e Núcleos ainda desacelerando para a meta”, diz Martins.

Para ele, dadas evidências inflacionárias e os constantes discursos sobre os riscos, ainda que amparados por novas sinalizações externas favoráveis, um encerramento de ciclo com corte de 0,25% para 10,25%, unânime, mostrando convicção interna e união do colegiado, trará neste momento compromisso, grau de persuasão, tecnicidade e empenho de um colegiado em transformação. “Para o mercado será ´diga-me com quem andas e eu te direi quem és´.”

“Com a manutenção da taxa Selic, principalmente se ela for por todos os diretores votando a favor, não vai gerar nenhum impacto negativo no Brasil dado que o mercado já precificou essa situação de uma taxa Selic a 10,5%. Então não acredito que isso vai trazer algum impacto para a renda fixa e renda variável, todo mundo já colocou preço para a Selic 10,5%. E para as empresas que buscam crédito no mercado, que são as mais impactadas, a gente já tem uma boa redução em relação ao ano passado, e nesse momento para as empresas uma maior previsibilidade é o melhor”, diz Volnei Eyng, CEO da gestora Multiplike.