Mais da metade dos lojistas da capital descartam pedir Pronampe, aponta pesquisa

Daqueles que pediram, cerca de 7% relataram ter pago um valor extra, uma espécie de seguro

Foto: JOSÉ CRUZ / AGÊNCIA BRASIL

Pouco mais da metade dos lojistas (54%) atingidos pelas enchentes em Porto Alegre não se utilizaram, e nem pretendem, do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) para beneficiar empresas gaúchas. Os dados são de uma pesquisa feita pelo Núcleo de Pesquisa do Sindilojas Porto Alegre.

Do total de empresários ouvidos, 20% já fizeram o pedido, enquanto 26% não pediram ainda, mas disseram que solicitarão o auxílio. Entre os que solicitaram o auxílio, 75% conseguiram contratar o valor pedido. O empréstimo tem a finalidade para capital de giro para 100% dos lojistas.

Para 46,7% servirá para pagar fornecedores, e 26,7% disseram que necessitam do dinheiro para o pagamento dos funcionários. Pagar contas de luz e água, impostos, cartão de crédito e aluguel do ponto ficaram com 6,7% cada.

PAGAMENTO EXTRA

Na pesquisa, cerca de 7% relataram ter pago um valor extra, uma espécie de seguro, 66,7% não receberam qualquer tipo de cobrança extra, e ainda, 26,6% disseram não saber. Já entre aqueles que não conseguir o empréstimo via banco, a burocracia junto às instituições financeiras foi a causa mais citada, com 80%.

Com 20% das respostas, o outro motivo foi o não atendimento aos requisitos do programa de auxílio. E com isso, a demissão de funcionários surge como uma opção. Foi isso que 80% dos lojistas disseram.

Para o presidente do Sindilojas POA, Arcione Piva, o auxílio chegou com atraso, porém ele é bem-vindo. “O lojista merecia ter sido atendido com mais celeridade visto o tamanho do prejuízo causado no comércio. O enfrentamento das dificuldades seria menos prejudicial. Agora é correr atrás destes valores para a retomada do nosso comércio, comentou.