O total de energia disponibilizada no Brasil cresceu 3,6% em 2023 em relação ao ano anterior, aponta o Balanço Energético Nacional (BEN) 2024. O documento, elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) em parceria com Ministério de Minas e Energia (MME), revela que a participação de renováveis na matriz elétrica aumentou para 89,2% e foi marcada pela manutenção da oferta de energia hidráulica, crescimento da geração eólica e solar fotovoltaica e redução da geração por gás natural e derivados de petróleo.
O documento aponta também que o aumento expressivo da oferta de biomassa, e das fontes eólica e solar, contribuíram para que a matriz energética brasileira aumentasse sua renovabilidade para 49,1%. O percentual é muito superior ao observado no resto do mundo, em torno de 14,7%.
No consumo final, foi destaque o crescimento do consumo de biodiesel no país em quase 20%, oriundo do aumento da mistura obrigatória do biodiesel no diesel fóssil a partir de abril de 2023. O consumo de eletricidade também se destacou por crescer 5,2% puxado principalmente pelo setor Residencial que cresceu 14,1 TWh (+9,1%).
O Balanço Energético Nacional divulga, anualmente, uma extensa pesquisa e a contabilidade de dados relativos à oferta e consumo de energia no Brasil, levantados pela EPE. O relatório contempla as atividades de extração de recursos energéticos primários, sua conversão em formas secundárias, a importação e exportação, a distribuição e o uso final da energia.
Até o fim desta semana, o Ministério de Minas Energia vai detalhar os principais destaques do BEN 2024 em relação aos setores de energia elétrica, planejamento energético, petróleo, gás natural e biocombustíveis.