Para avaliar as propostas do governo federal à categoria, o comando nacional de greve, ligado ao Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), solicitou que os professores universitários façam suas assembleias locais até sexta-feira (21/6).
Em formulário encaminhado às seções sindicais, secretarias regionais e aos comandos locais de greve, o Andes indaga se os professores devem “assinar ou não”, as proposições do Ministério da Gestão e do Ministério da Educação (MEC); e se a categoria deve “continuar a greve ou construir sua saída coletiva” junto ao sindicato. As respostas, que precisam ser enviadas até o meio-dia de 21/6, irão subsidiar a reunião do comando nacional de greve, que ocorrerá no fim de semana, em Brasília. Segundo o sindicato, a greve, que foi iniciada em abril, acontece em 64 das 69 universidades federais do país.
Em texto encaminhado aos professores, o comando informa os pontos da proposta do governo para a categoria: recomposição parcial do orçamento das universidades e institutos federais; implementação de reajuste de benefícios (auxílio-alimentação, auxílio-saúde suplementar e auxílio-creche) — “apesar de ainda não haver equiparação com os benefícios dos demais poderes”; e elevação do aumento linear oferecido até 2026, de 9,2% para 12,8%, sendo 9% em janeiro de 2025 e 3,5% em maio de 2026.
No dia 14/6, o MEC se comprometeu em revogar, após o término da greve, a portaria 983, de novembro de 2020, que elevou a carga horária mínima semanal dos docentes. O presidente Lula anunciou que o governo federal vai investir em melhorias na infraestrutura de todas as universidades federais, além de hospitais universitários e novos campi, totalizando R$ 5,5 bilhões em recursos.