Mercado descarta corte na taxa de juros nesta semana, diz BC

Já a estimativa do IPCA para este ano subiu para 3,96%

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Os analistas do mercado financeiro descartam a possibilidade de corte na taxa básica de juros, a taxa Selic, na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) que começa nesta terça-feira, 18, e encerra no dia seguinte. Desta forma, a tendência é pela manutenção do atual patamar de 10,50% ao ano. Até a semana passada, a projeção do mercado para o juro básico da economia se mantinha em 10,25% ao ano.

A informação consta do Relatório Focus divulgado nesta segunda-feira, 17, pelo Banco Central com a expectativa de mais de 100 instituições financeiras, na semana passsada, sobre a economia brasileira. Já a estimativa do IPCA para este ano subiu de 3,90% para 3,96%, enquanto a previsão para a inflação de 2025 avançou de 3,78% para 3,80%. Esse foi o sexto aumento seguido no indicador, mantendo acima da meta central de inflação, mas abaixo do teto definido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A meta central de inflação é de 3% neste ano, e será considerada formalmente cumprida se o índice oscilar entre 1,5% e 4,5% neste ano. Para 2025, a estimativa avançou de 3,77% para 3,78% na última semana. No próximo ano, a meta de inflação é de 3% e será considerada cumprida se oscilar entre 1,5% e 4,5%.

Para o produto interno bruto (PIB), a mediana das projeções de 2024 passou de 2,09% para 2,08%. A previsão para 2025 está em 2,0% há 27 semanas seguidas. A mediana das projeções para o dólar subiu em todo o horizonte da pesquisa, passado de R$ 5,05 para R$ 5,13 em 2024 e de R$ 5,09 para R$ 5,10 em 2025.

Já as projeções para a balança comercial brasileira caíram em toda a pesquisa. A estimativa para 2024 passou de um superávit de US$ 82,51 bilhões para US$ 82,0 bilhões, enquanto o saldo positivo estimado para 2025 passou de US$ 78,0 bilhões para US$ 76,30 bilhões na semana. Para 2026, a projeção recuou de US$ 80 bilhões para US$ 78 bilhões. A previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil neste ano continuou em US$ 70 bilhões de ingresso. Para 2025, a estimativa de ingresso avançou de US$ 72,5 bilhões para US$ 73 bilhões.