Movimento dos portos gaúchos tem queda de 2,39% no acumulado do ano

Momento da safra de soja contribuiu para o crescimento da movimentação do grão em Rio Grande

Foto: Portos RS / Divulgação

As movimentações dos portos do Rio Grande do Sul registraram queda de 2,39% no acumulado de 2024, comparado com o mesmo período do ano passado. Os dados foram divulgados pela Portos RS e levam em consideração as atividades das unidades de Rio Grande, Pelotas e Porto Alegre, além do complexo portuário rio-grandino.

O Porto do Rio Grande, que não paralisou as atividades durante o período das cheias, foi responsável pela movimentação de 15.475.165 toneladas, número que é 2,27% menor que o obtido nos cinco primeiros meses de 2023. A soja em grão movimentou no porto marítimo gaúcho 2.565.882 toneladas, enquanto o trigo atingiu 2.338.544 toneladas. A celulose alcançou 1.492.106 toneladas e a madeira outras 209.192 toneladas.

O momento da safra de soja contribuiu para o crescimento da movimentação do grão no complexo portuário rio-grandino, porém a redução está relacionada aos insumos para a produção de fertilizantes, itens que são importantes dentro do volume total movimentado pelos portos gaúchos, principalmente pelo do Rio Grande.

“Não podemos afirmar que a diminuição da movimentação de fertilizantes no Porto do Rio Grande tenha ocorrido exclusivamente em razão das enchentes. Seguimos monitorando e tratando com as indústrias, operadores e todos os terminais para fazer esse levantamento na sequência”, explicou o presidente da Portos RS, Cristiano Klinger.

CONTÊINERES

A movimentação de contêineres, de janeiro a maio deste ano, chegou a 289.597 TEU’s (unidade de medida que corresponde a um contêiner de 20 pés). Os meses de março e de abril destacam-se como os de maior movimentação, quando passaram pelo complexo portuário rio-grandino 58.725 TEU’s e 64.891 TEU’s, respectivamente.

As enchentes também afetaram o Porto de Pelotas, que precisou paralisar as atividades por 15 dias, entre 2 e 17 de maio. As movimentações atingiram 423.536 toneladas, divididas entre 358.222 toneladas de madeira destinadas à produção de celulose e 65.304 toneladas de clínquer, que é o cimento em sua fase bruta de fabricação.

Também em razão das enchentes, o Porto de Porto Alegre ficou fechado em maio. Porém, as movimentações de janeiro a abril somaram 352.710 toneladas, número que foi 21,86% maior que o mesmo período de 2023.

Em relação ao destino das exportações, a China lidera com 2.473.725 toneladas, seguida pelo Vietnã, com 750.363 toneladas, e pelas Filipinas, com 727.843 toneladas. Na sequência aparecem os Estados Unidos, com 33.093 toneladas, e o Irã, com 417.747 toneladas. Países como Marrocos, França, Coréia do Sul, Tailândia e Portugal também são destinos do que é produzido no Estado.

Já as importações têm origem em países como a Argentina, com 661.102 toneladas, a China, com 443.272 toneladas, a Rússia, com 260.490 toneladas, o Marrocos, com 233.321 toneladas, e os Estados Unidos, com 188.109 toneladas. Produtos também foram importados do Peru, do Canadá, do Uruguai, da Holanda e da Nigéria.