Trensurb reduzirá intervalo de viagens na operação emergencial

O intervalo entre as estações Mathias Velho e Novo Hamburgo deve passar de 35 minutos para 20 minutos

O transbordo na estação Unisinos, necessário para seguir viagem, será descontinuado | Foto: Pedro Piegas

O diretor-presidente da Trensurb, Ernani Fagundes, anunciou nesta terça-feira que a operação emergencial denominada “Trilhos Humanitários”, em curso entre as estações Mathias Velho e Novo Hamburgo, terá uma redução no intervalo entre viagens. Atualmente, 13 das 22 estações operam com intervalos de 35 minutos; a intenção é diminuir esse tempo para 20 minutos ainda nesta semana.

Os trens circulam atualmente entre Mathias Velho e Unisinos, e o transbordo na estação Unisinos, necessário para seguir viagem, será descontinuado. Fagundes afirmou que a redução do intervalo só foi possível devido ao recolhimento dos trens para a estação Novo Hamburgo, realizado no dia 3 de maio como medida de segurança durante as enchentes.
Uma reunião com a diretoria e equipes de operação está agendada para amanhã, visando ajustar os detalhes.

A operação emergencial continua isenta de cobrança de tarifa, mas Fagundes destacou que em breve o valor da tarifa de R$ 4,50 será cobrado. “É um contingenciamento pontual em função da nossa impossibilidade real de efetuar a cobrança. Nós não estamos praticando política de tarifa zero, nós estamos por uma contingência fazendo esses trilhos humanitários, oferecendo serviço para a população, que também perdeu tudo. Perdeu casa, perdeu carro, perdeu toda forma de locomoção. Então foi uma atitude do governo de não deixar de operar, não deixar de prestar o serviço, mesmo que esteja impossibilitado de fazer a cobrança”, destacou.

A Trensurb ainda não tem uma estimativa de quanto será necessário investir para a manutenção dos trilhos e equipamentos danificados, nem de quando 100% das estações estarão operando. Uma ideia do valor será calculado após a retirada total das águas que ainda permanecem nas estações mais centrais da Capital. Mas Fagundes destaca que a medida de segurança, que retirou os trens de circulação e desligou a energia das estações, evitou um prejuízo milionário. Cada trem custa R$ 35 milhões, além do tempo necessário de espera para a chegada de cada unidade.

“Às quatro horas da tarde, nós encerramos a operação e iniciamos o processo de recolhimento dos trens. Nós recolhemos 32 lá para Novo Hamburgo e quatro ficaram na estação Farrapos, que é elevada”.