Porto Alegre tem 7.262 casos confirmados de dengue em 2024 até o dia 8 de junho. Do total, 6.834 foram contraídos na cidade (autóctones), 293 são importados (infecção fora da cidade) e 135 têm local de infecção indeterminado. O total de ocorrências suspeitas notificadas à Equipe de Vigilância de Doenças Transmissíveis da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) soma 32.566 no ano. Em 2023, no mesmo período, foram 8.583 notificações e 5.836 casos confirmados. Os números são parciais e estão sujeitos à revisão.
Nas duas últimas semanas epidemiológicas (22 e 23), foram 94 casos confirmados. Em 2023, no mesmo período, foram 648 casos. Até o momento, houve oito óbitos por dengue entre moradores de Porto Alegre: sete do sexo feminino (um na faixa dos 21 aos 30 anos, três na faixa etária de 31 a 40 anos,, um na faixa etária 50-60 anos, um na faixa etária dos 70 aos 80 anos e um na faixa acima de 80 anos) e um do sexo masculino, entre 70 a 80 anos.
Os dados estão no boletim epidemiológico publicado nesta segunda-feira, 10, pela Diretoria de Vigilância em Saúde (DVS) da SMS. O levantamento apresenta informações cumulativas até a semana epidemiológica 23 de 2024 (dados cumulativos, até 8 de junho).
A faixa etária dos 21 a 30 anos ainda mantém a maior proporção dos casos confirmados (17,9%), e a maioria dos pacientes são do sexo feminino (53%). Os principais sintomas relatados são febre (referida em 6.661 casos, ou 93,5%), seguido por cefaleia (dor de cabeça), em 5.961 casos, e mialgia (dor no corpo), em 5.929 casos confirmados. Em todo o ano os três sintomas são os prevalentes relatados pelos pacientes, sendo que mialgia e cefaleia se alternam em algumas semanas.
Nas duas semanas, foram confirmados casos em 44 bairros da cidade. Cumulativamente, todos os bairros da cidade registraram casos de dengue neste ano, evidenciando a necessidade de manter e reforçar a atuação sobre os reservatórios de mosquitos em cada região. A equipe de monitoramento das armadilhas está retomando as suas atividades de rotina. Na última semana epidemiológica, 67,5% das armadilhas foram vistoriadas, com infestação moderada na cidade.
Neste momento, ainda de limpeza dos pátios, a eliminação desses resíduos é importante para prevenção a criadouros do vetor – especialmente com o aumento de temperatura. Lixo reciclável/seco, plantas e recipientes expostos às chuvas e ao acúmulo de água, bem como os depósitos fixos, como ralos, caixas d’água não vedadas e piscinas não tratadas são os principais tipos de criadouros responsáveis pelos altos níveis de infestação de mosquitos em todas as regiões com casos de dengue na cidade.
“A instabilidade ambiental relativa ao lixo, decorrente dos rejeitos particulares acumulados nas ruas após a inundação ocorrida no mês de maio, alerta para os cuidados ambientais que devem ser realizados por toda a sociedade e de imediato para evitar novos casos da doença, uma vez que a temperatura ambiente mantém-se instável e por vezes ainda acima de 18ºC, apesar das baixas em relação à média do mês de maio”, destaca a diretora-adjunta da DVS, Juliana Pinto.