A fabricação de produtos de limpeza acumula alta de 11,4% na comparação com o primeiro quadrimestre de 2023. Os dados são do levantamento da ABIPLA – Associação Brasileira das Indústrias de Produtos de Higiene, Limpeza e Saneantes de Uso Doméstico e de Uso Profissional, com base na PIM – Pesquisa Industrial Mensal do IBGE. A alta é impulsionada por itens como preparações multiuso de limpeza, amaciantes e desinfetantes.
“Acredito que uma das explicações para o bom desempenho do setor em 2024 seja a estabilização dos preços de insumos para a indústria. Segundo o INPC, neste ano, o setor acumula uma deflação de 1,36%. Se levarmos em conta os últimos 12 meses, a queda é de 2,57%. Ou seja, os produtos de limpeza estão mais baratos ao consumidor”, explica Paulo Engler, diretor-executivo da ABIPLA.
Outro fator que ajuda o desempenho é o investimento em inovação por parte das empresas do setor. Segundo relatório da CNI – Confederação Nacional da Indústria, o setor químico é responsável por, aproximadamente, 16% de todo o investimento, em inovação, da indústria brasileira.
“Esse investimento se dá, prioritariamente, em ações que otimizam o uso de recursos naturais na produção e distribuição de saneantes, e no constante fluxo de lançamentos de produtos de limpeza, seja por meio de novas fórmulas, embalagens ou linhas inéditas de produtos”, explica Engler.
O dinamismo também reverbera na economia e na sociedade. De acordo com um levantamento realizado com base no CAGED – Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, os fabricantes de produtos de limpeza geraram mais de 11 mil postos de trabalho no período entre janeiro de 2020 e abril de 2024, fazendo com que o setor chegasse a 92 mil empregos diretos. No período analisado, em todos os anos (mesmo durante a pandemia), o saldo de contratações foi positivo.