Quem vai até o Parque Eduardo Gomes, no bairro Fátima, em Canoas, se depara com montanhas intermináveis de lixo, entulhos e muito resíduos. São móveis quebrados, colchões e todo tipo de material que a água estragou e deixou inutilizado. Caminhões entram e saem a todo momento do local. É que área do parque está sendo usado pela Prefeitura de Canoas como um dos quatro pontos de transbordo. Ou seja, um dos locais em que os resíduos são depositados antes de serem levados para o aterro sanitário na cidade de Gravataí. De acordo com a Prefeitura, nos quatro pontos de transbordo (viaduto da BR 386, pátio da empresa Bianchini e na Rua Irineu Carvalho de Braga, nº 2400) os moradores podem levar seus resíduos por conta própria.
De acordo com levantamento feito pela Secretaria Municipal de Serviços Urbanos, até o momento, foram recolhidas 7.576 cargas com entulhos. A retirada está ocorrendo por etapas, iniciando pelas áreas em que as águas já recuaram em todos os bairros do lado Oeste da cidade. Cada carga corresponde a um caminhão com 12 metros cúbicos de lixo. O valor máximo do contrato é de R$ 91 milhões. No entanto, a Prefeitura pagará sobre a quantidade de metros cúbicos recolhida. Os recursos são oriundos de repasse do governo federal. Além disso, para acelerar ainda mais a Operação Limpeza na cidade, a Prefeitura fez a locação emergencial de 40 retroescavadeiras, 120 caminhões caçamba basculantes, dez caminhões garra, duas motoniveladoras e quatro pás carregadeiras pelo prazo de 90 dias.
A Secretaria Municipal de Serviços Urbanos informou ainda que a retirada dos entulhos nos locais de transbordo tem sido periódica, mas os espaços não chegam a ficar vazios, pois a operação que busca os resíduos nos bairros e leva até o transbordo ocorre sete dias por semana. A Administração alerta que limpeza total destas áreas de transbordo ocorrerá após a Operação Limpeza ser concluída em toda a cidade. O prefeito Jairo Jorge disse que diariamente 24 equipes se espalham por Canoas, especialmente entre os bairros São Luís, Mato Grande, Rio Branco, Fatima, Harmonia e Mathias Velho fazendo o recolhimento dos entulhos.
“Além das retroescavadeiras, temos ainda 20 hidrojatos e muitos operários trabalhando para que possamos retirar os resíduos das ruas o mais rápido possível, pois isso é uma questão de saúde pública. Entretanto, também precisamos pensar na questão da mobilidade e na drenagem das águas. Para encurtar esse período, estou buscando junto a outros prefeitos equipamentos que possam nos ajudar a ampliar o trabalho e acelerar a retirada dos materiais das ruas, assim retomando a reconstrução da cidade”, conclui o prefeito.