IBGE aponta recorde no abate de bovinos no trimestre, diz IBGE

Alta de 24,6% em relação ao mesmo período do ano anterior

Foto: Fernando Dias / Divulgação / CP Memória

O abate de bovinos chegou a 9,30 milhões de cabeças no 1º trimestre de 2024, alta de 24,6% em relação ao mesmo período do ano anterior, e 1,6% superior em comparação ao 4º trimestre de 2023. Com isso, o abate de bovinos bateu o recorde da série histórica, iniciada em 1997. Os dados são das Estatísticas da Produção Pecuária, divulgadas nesta quinta-feira, 6, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em contrapartida, a variação negativa mais expressiva ocorreu no Rio Grande do Sul (-34,41 mil cabeças).

O supervisor da pesquisa, Bernardo Viscardi, explica as razões do recorde no abate de bovinos. “Estamos num período de ampla oferta de animais para o abate, esses animais são provenientes de um ciclo de maior retenção de fêmeas observado entre 2019 e 2022, quando o preço dos bezerros estava em alta e a atividade reprodutiva das fêmeas tornou-se atrativa para os pecuaristas. A partir de meados de 2022 observamos o ciclo inverso, o preço dos bezerros caiu e as fêmeas passaram a ser destinadas ao abate com maior intensidade, além dos animais criados no ciclo anterior de alta que chegaram à idade de abate neste ano”, analisa Viscardi.

Em relação ao mesmo período de 2023, foram 1,84 milhão de cabeças de bovinos a mais no primeiro trimestre de 2024, com aumentos em 23 das 27 unidades da federação (UFs). Os incrementos mais significativos ocorreram em: Mato Grosso (+420,07 mil cabeças), Goiás (+263,41 mil cabeças), São Paulo (+219,41 mil cabeças), Minas Gerais (+206,49 mil cabeças), Pará (+180,04 mil cabeças), Rondônia (+155,75 mil cabeças), Mato Grosso do Sul (+110,36 mil cabeças), Bahia (+58,08 mil cabeças) e Paraná (+46,73 mil cabeças).