Moradores diretamente atingidos pelas cheias em Canoas, que atualmente estão abrigados nos prédios 11 e 14 do campus da Ulbra, aos poucos começam a retornar para casa diante do recuo das águas, especialmente no bairro Mathias Velho. A universidade, que chegou a abrigar 8 mil pessoas no ápice da tragédia climática, hoje acolhe entre 600 a 700 atingidos. Atualmente Canoas tem 61 pontos de abrigamento institucionais em funcionamento na cidade acolhendo 6.805 pessoas.
A coordenadora do abrigo da Ulbra por parte da prefeitura, Patrícia Augsten, explica que a desmobilização acontece de forma espontânea e vem ocorrendo tranquilamente há duas semanas. “Aqueles que ainda não tem para onde ir ou que não querem sair do abrigo são realocados para os prédios 40 e 55 do campus, ou ainda para outros abrigos oficiais do Município. Quem decide retornar para casa é auxiliado com o transporte feito em ônibus da Sogal, van ou nos carros da Prefeitura.”
De acordo com a coordenadora, a realocação dos atuais prédios é necessária por conta das salas de aula, que devem ter as atividades presenciais retomadas na universidade. Segundo ela, entre os prédios 11 e 14 ainda estão abrigadas cerca de 90 pessoas. Entretanto, esse número deve zerar até o final de semana, quando as salas de aula serão limpas e higienizadas.
“Atualmente a prefeitura está fornece almoço e janta nos locais de abrigamento, refeições que antes eram fornecidas por voluntários. Para quem decide voltar para suas residências, são fornecidos kits de limpeza, cesta básica e demais produtos de auxílio, como kits de higiene e roupas.” De acordo com Patrícia, a Ulbra tem sido muito parceira e foi fundamental no acolhimento emergencial das pessoas. “A universidade foi o principal ponto de referência nos primeiros dias, até mesmo para os resgatados por helicóptero.”
A Ulbra informou que já retomou as aulas remotas e há a expectativa de retomar aulas presenciais em breve, apesar da dificuldade de locomoção dos alunos. Sem trem de Porto Alegre e outras dificuldades.