Desafios e alívio: ônibus retornam aos terminais Parobé e Rui Barbosa

Passageiros enfrentam atrasos e barro enquanto a limpeza continua após a enchente

Equipes ainda trabalham para a limpeza completa do terminal Rui Barbosa | Foto: Jeandro Michael / Rádio Guaíba

Desde o início da manhã desta quarta-feira, os ônibus de Porto Alegre voltaram a transitar em dois terminais do Centro Histórico que foram atingidos pela enchente. Os terminais das praças Parobé, ao lado do Mercado Público, e Rui Barbosa, no Centro Popular de Compras, já estão atendendo a população de Porto Alegre com 53 linhas.

O pós-enchente está diferente nos dois locais. No Parobé, já não é mais possível ver poças de água. As únicas marcas da enchente são os resquícios de lama seca na via e as marcas nas paredes. Já no terminal Rui Barbosa, chamavam a atenção alguns pontos com acúmulo de água e um barro ainda úmido. Mesmo com a circulação de ônibus, equipes ainda trabalhavam, nessa manhã, na limpeza e bombeamento da água do local. Segundo a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), foram feitas quatro vistorias e diversas etapas de higienização e limpeza antes da liberação dos locais.

No horário de pico pela manhã, a movimentação estava moderada nos terminais. O vigilante César Luís, que trabalha à noite, e esperava o ônibus para voltar para casa no terminal Parobé, estava aliviado com a volta dos coletivos para o local. 

“Primeiro, estávamos pegando o ônibus em frente à Santa Casa e, sem aviso nenhum, eles passaram para o viaduto da Conceição. Hoje, para a nossa felicidade, voltou ao normal. No período da enchente, não estava tendo ônibus Sertório, mas aparentemente voltou agora”, diz César.

No terminal Rui Barbosa, as principais reclamações dos passageiros eram sobre a demora dos ônibus. Um desses relatos é de Ana Souza, que trabalha com faxina, e notou a diferença principalmente no intervalo entre os coletivos.

“Os horários estão ruins porque está todo mundo fazendo horário de sábado e a gente está voltando às rotinas normais, indo trabalhar, voltando para casa, então estamos tendo uma grande dificuldade. Isso não só para mim, que uso para trabalho, como também para as pessoas que têm consulta médica. Minha mãe é um exemplo disso: para ela também está sendo bem difícil, porque ela tem dificuldade de se locomover e o horário do ônibus é reduzido”, comentou Ana.

Sobre os horários, a EPTC diz estar operando com 90% da capacidade. Além disso, ainda segundo a empresa, até o final da semana novos terminais, como o Uruguai, devem ser liberados no Centro Histórico, e também existe a possibilidade da parada em frente à Estação Rodoviária ser liberada neste mesmo prazo.