Pimenta diz que governo vai acelerar debate sobre medidas para manter empregos no RS

Pagamentos dos salários dos trabalhadores deve ser pago até a próxima sexta-feira

Foto: Marcello Casal/Agência Brasil

A semana será tensa para trabalhadores e empresários. Há grande expectativa sobre o quinto dia útil de junho, que será na sexta-feira, quando empregadores deverão pagar os salários de seus funcionários referentes ao mês de maio. Pelos dados da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), mais de 94% das indústrias gaúchas foram impactadas pelas cheias. Um levantamento parcial da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Rio Grande do Sul (Sedec) revela uma realidade preocupante para a maioria das empresas atingidas pelas recentes chuvas: a ausência de seguro. Conforme os dados, impressionantes 85% das empresas afetadas não contavam com nenhum tipo de seguro contra perdas ou danos.

Neste domingo, 2, durante visita a municípios gaúchos no Vale do Taquari atingidos pelas enchentes, o ministro da Secretaria Extraordinária de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta, afirmou que o Governo Federal vai acelerar o debate para elaborar medidas que garantam a manutenção dos empregos na região.

“Completamos agora 30 dias e muitas empresas não conseguiram trabalhar, não abriram durante todo o mês de maio. Empresas que ainda estão sem água, sem luz, sem nenhuma capacidade de trabalho e tem que pagar folha, tem as despesas mensais. E temos que construir uma alternativa para a manutenção da saúde financeira das empresas e, principalmente, a manutenção dos postos de trabalho”, disse Paulo Pimenta durante visita ao município de Muçum.

Pimenta explicou que as conversas sobre o tema já estão em andamento e serão aceleradas. “Vamos acelerar essa semana o debate sobre a manutenção dos postos de trabalho. Tenho conversado direto com o ministro Marinho [Luiz Marinho, ministro do Trabalho e Emprego], já fizemos várias reuniões, já fechamos alguns acordos com empresas e setores no sentido de encontrar mecanismos que garantam a manutenção dos empregos e, ao mesmo tempo, buscar apoios que a legislação permita para que as empresas recebam, por parte do Governo Federal, o apoio para não romper o vínculo, manter os trabalhadores”, disse.

A FEDERASUL se reúne, nesta segunda, às 14h, no Plenarinho da Assembleia, com deputados estaduais e federais e lideranças empresariais e Federações para tratar da necessidade de medidas emergenciais para salvar empregos e empresas. É um reforço da nota publicada pela entidade no dia 26 com adesões de outras entidades sugerindo 5 medidas emergenciais para estancar a hemorragia. A nota, que começou com seis adesões, já conta com mais de 230 assinaturas.

(*) com Agência Gov.Br