Os analistas do mercado financeiro elevaram a estimativa de inflação deste ano novamente e passaram a projetar somente mais um corte de juros em 2024. As previsões constam no relatório Focus, do Banco Central, divulgado nesta segunda-feira. O levantamento ouviu mais de 100 instituições financeiras, na semana passada, sobre as projeções para a economia.
Para este ano, a projeção dos analistas dos bancos é de uma inflação de 3,88%, comparado com 3,86% na semana passada. Esse foi o quarto aumento seguido no indicador, mas mantendo acima da meta central de inflação, mas abaixo do teto definido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A meta central de inflação é de 3% neste ano, e será considerada formalmente cumprida se o índice oscilar entre 1,5% e 4,5% neste ano. Para 2025, a estimativa avançou de 3,75% para 3,77% na última semana. No próximo ano, a meta de inflação é de 3% e será considerada cumprida se oscilar entre 1,5% e 4,5%.
Os economistas do mercado financeiro elevaram a estimativa para a taxa básica de juros para o final deste ano. Para o fechamento de 2024, a projeção do mercado para o juro básico da economia subiu de 10% para 10,25% ao ano. Atualmente, a taxa Selic está em 10,50% ao ano, após sete reduções seguidas promovidas pelo Banco Central. Para o fechamento de 2024, a projeção do mercado para o juro básico da economia subiu de 10% para 10,25% ao ano. Para o fim de 2025, por sua vez, o mercado financeiro elevou sua expectativa de 9% para 9,18% ao ano.
Já para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024, a projeção do mercado financeiro ficou estável em 2,05%, enquanto para 2025, a estimativa também se manteve em 2%. O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país.
A projeção do Focus para a taxa de câmbio para o fim de 2024 permaneceu em R$ 5,05. Para o fim de 2025, a estimativa continuou também em R$ 5,05. Enquanto iso, para o saldo da balança comercial, a projeção subiu de US$ 82 bilhões para US$ 82,3 bilhões de superávit em 2024. Para 2025, a expectativa para o saldo positivo permaneceu em US$ 78 bilhões.
A estimativa para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil neste ano continuou em US$ 70 bilhões de ingresso. Para 2025, a estimativa de ingresso ficou estável em US$ 73 bilhões.