DMLU contabiliza mais de 27 mil toneladas de resíduos das ruas, retirados após a enchente

As montanhas de resíduos representam apenas uma parte do desastre enfrentado pelos porto-alegrenses

Foto: Camila Cunha

Montanhas de materiais danificados pela enchente são visíveis nas calçadas de muitos bairros de Porto Alegre. Os resíduos descartados nas ruas só aumentam com o passar dos dias e uma das alternativas da prefeitura foi concentrar esses materiais em cinco áreas próximas às regiões inundadas.

Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) é responsável por descarregar os materiais recolhidos. Posteriormente, esses resíduos serão encaminhados para o aterro de inertes em Gravataí. Moradores e empresas também podem fazer o descarte de resíduos pós-enchente nos locais denominados Bota-Espera.

No terreno localizado no bairro São Geraldo, avenida Cairú esquina com rua Voluntários da Pátria, as toneladas de resíduos formam montanhas que representam apenas uma parte do desastre enfrentado pelos porto-alegrenses.

De acordo com o balanço do DMLU, 27.718 toneladas de resíduos já foram recolhidos das ruas, desde o dia 6 de maio. Entre os materiais estão restos de móveis estragados, raspagem de lodo acumulado e varrição.

Nesta segunda-feira, a força-tarefa da prefeitura de Porto Alegre para limpar a cidade após a enchente chegou a 18 locais:

  • Avenida Pará (São Geraldo)
  • São Geraldo
  • Vila Elizabeth (Sarandi)
  • Vila São Borja (Sarandi)
  • Avenida Presidente Franklin Roosevelt (São Geraldo)
  • Avenida Frederico Mentz (Navegantes)
  • Rua Dona Teodora (Farrapos)
  • Navegantes
  • Vila dos Sargentos (Serraria)
  • Guarujá
  • Avenida Orleaes (Guarujá)
  • Avenida Guaíba (Ipanema)
  • Rua Comissário Paulo Pires (Ponta Grossa)
  • Estrada Retiro da Ponta Grossa (Ponta Grossa)
  • Estrada da Serraria (Ponta Grossa)
  • Estrada Otaviano José Pinto (Lami)
  • Centro Histórico
  • Floresta

Cerca de 800 garis das seções Centro, Extremo-Sul, Norte, Sul e Leste estão atuando nos serviços de limpeza dos bairros mais afetados pela cheia do Guaíba. Os trabalhadores são auxiliados por mais de 300 equipamentos entre caminhões e retroescavadeiras. Os serviços são coordenados pela Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Smsurb).

O DMLU explica que nos terrenos Bota-Espera são para o descarte dos resíduos inertes, que possuem a característica de não se decomporem e sofrerem qualquer alteração em sua composição com o passar do tempo. São materiais que não reagem quimicamente. Nestes locais, os materiais não são enterrados e resíduos como madeira serão processados posteriormente.