O ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro Rivaldo Barbosa, preso por suspeita de envolvimento na morte da vereadora Marielle Franco, presta depoimento à Polícia Federal nesta segunda-feira (3). O delegado será ouvido na Penitenciária Federal de Brasília, onde está preso de forma preventiva por determinação do STF (Supremo Tribunal Federal).
O depoimento de Rivaldo será coletado após ordem do ministro do STF Alexandre de Moraes. Em maio, a PGR (Procuradoria-Geral da República) entregou ao ministro as denúncias contra Rivaldo e outros supostos mandantes do crime, como os irmãos Domingos Brazão e Chiquinho Brazão. Os três foram denunciados pelos seguintes crimes:
• homicídio triplamente qualificado praticado em concurso de pessoas contra Marielle;
• homicídio quadruplamente qualificado praticado em concurso de pessoas contra o motorista de Marielle, Anderson Gomes;
• tentativa de homicídio quadruplamente qualificado praticado em concurso de pessoas contra a assessora de Marielle, Fernanda Gonçalves Chaves
A denúncia da PGR contra Domingos e Chiquinho também aponta o crime de organização criminosa por parte dos dois.
É a primeira vez que Rivaldo vai ser ouvido pela Polícia Federal sobre a morte de Marielle desde que foi preso. A defesa do ex-chefe da Polícia Civil do RJ nega que ele tenha participado do planejamento do assassinato da vereadora. De acordo com os advogados, Rivaldo vai “falar a verdade” no depoimento.
“Colocam o Rivaldo como mentor intelectual do assassinato, a pessoa que preparou meticulosamente o crime com Chiquinho e Domingos Brazão. Mas não existe nos autos do inquérito nenhuma prova de relação, vínculo, diálogo ou encontro entre o Rivaldo e os irmãos Brasão”, afirmou ao R7 o advogado Felipe Dalleprane.