O Ministro-Chefe da Secretaria Extraordinária de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta, esteve nesta segunda-feira na cozinha solidária que funciona desde o dia 3 de maio na sede do Sindicato dos Petroleiros do RS (Sindipetro-RS), em Canoas, para fazer a entrega simbólica de 1 milhão de quilos de proteína que serão distribuídas para 590 cozinhas comunitárias atualmente espalhadas pelo Estado. A doação, feita pela empresa JBS, vai reforçar o cardápio de milhares de refeições que são distribuídas diariamente às famílias atingidas pela inundação. O volume repassado é capaz de preparar mais de 6,5 milhões de marmitas. Atualmente, integrantes do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) em parceria com outros movimentos sociais têm preparado 1 mil marmitas por dia, entregues aos moradores de Canoas e Esteio.
O Ministro Paulo Pimenta disse que as cozinhas solidarias e comunitárias tem cumprido um papel muito importante, servindo milhares de refeições por dia. “No início nós tínhamos condição de complementar esse suporte das cestas básicas com a participação de voluntários. Naturalmente, o tempo vai passando as pessoas vão voltando as suas rotinas e a questão da proteína é uma necessidade. Quando eu falei com o presidente Lula relatando a situação, imediatamente ele fez este movimento e a JBS foi a primeira a nos responder.” Essa primeira carga, segundo o Ministro, tem guisado, frango e linguiça. “Vamos fazer uma logística para atender as maiores cozinhas e isso vai incrementar o cardápio e vai garantir essa proteína tão importante para dar mais força e qualidade para o pessoal que está trabalhando e também para quem está comendo.”
O CEO global da JBS, Gilberto Tomazoni, garante que o Rio Grande do Sul é um estado de extrema importância para a JBS e, desde o início da tragédia, a empresa esteve mobilizada para prover doações de itens essenciais para assistência aos afetados pelas chuvas. “Nós temos aqui 17 mil colaboradores e estamos presentes em 20 municípios. Desde o princípio estamos mobilizados, dando apoio aos nossos colaboradores e às comunidades naquilo que é possível. Além disso, estamos oportunizando que outras empresas também participem dessa rede através da nossa infraestrutura e logística, que está à disposição. Este é o caminho da recuperação do Estado e queremos fazer parte disso.”
A diretora do Sindipetro-RS, Nalva Faleiro, afirma que essa doação é de extrema importância. “A proteína é um dos itens mais caros da alimentação e temos dificuldade de conseguir, por conta dos recursos financeiros. A doação desta carga vai reforçar a questão nutricional da marmita que está sendo entregue para as pessoas que ainda estão em abrigos e aos poucos estão voltando para suas moradias, efetuando a limpeza dos locais, mas que ainda não tem condições de cozinhar ou de comprar comida para sua alimentação.