Operação do MPRS combate facções que usam associação para beneficiar presidiários

Ação foi deflagrada para impedir que facções usem sistema da Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (APAC) de Passo Fundo

Ação deflagrada nesta quinta-feira foi a terceira fase da Operação Papillon | Foto: MPRS/Divulgação/CP

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Rio Grande do Sul (GAECO/MPRS) deflagrou nesta quinta-feira a terceira fase da Operação Papillon, em Passo Fundo. A ação visa impedir que facções continuem usando o sistema da Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (APAC) para obter benefícios indevidos em prol de integrantes de seus grupos.

Nesta terceira fase da operação, houve dois mandados de busca e apreensão no município do Norte do RS. As medidas judiciais foram cumpridas após provas obtidas nas etapas anteriores. De acordo com a investigação, membros das organizações criminosas estavam usando o sistema da associação para se eximirem do cumprimento de penas e até mesmo viabilizarem a fuga de comparsas do sistema prisional.

“Uma das principais metas do GAECO é a higidez do sistema prisional, motivo pelo qual, sempre vão ser feitas operações que busquem eliminar qualquer possibilidade de desvio de conduta, seja no cumprimento de pena em presídios ou em associações”, ressalta o coordenador do GAECO no Estado, promotor de Justiça André Dal Molin.

As buscas ocorreram na residência de um dos investigados e na própria sede da APAC em Passo Fundo. Também participaram os promotores de Justiça Diego Pessi, responsável pela investigação e coordenador do 7° Núcleo Regional do GAECO – Planalto, de Cristiano Ledur, Maristela Schneider, Manoel Antunes e Marcelo Pires. A ação contou com o apoio do GAECO do Ministério Público de Santa Catarina e da Brigada Militar.

Fases anteriores da Operação Papillon

No dia 12 de março deste ano, o GAECO havia deflagrado uma operação no Presídio Estadual de Erechim, também na região Norte. Houve uma revista geral em busca de armas, drogas, celulares, anotações, documentos, dinheiro e demais materiais considerados de uso proibido. Além disso, também a ofensiva teve como meta o combate aos delitos de uma das organizações criminosas envolvidas na investigação da terceira etapa da Operação Papillon. Um dos crimes é o de lavagem de dinheiro, e os investigados ainda conseguiam o ingresso de objetos ilícitos no local para comercialização entre apenados.