Mais de 60% dos empresários gaúchos tiveram seu negócio muito impactado pelas cheias

Dados fazem parte de um levantamento feito pelo Gabinete de Apoio ao Empreendedor do estado

Enchentes deixaram grande destruição no RS | Foto: Fabiano do Amaral

Um total de 61,5% destes empreendedores tiveram seu negócio muito impactado pelas enchentes, enquanto 37% deles não estão em operação. Os dados fazem parte de um levantamento organizado pelo gabinete de Apoio ao Empreendedor, criado pelo governo do Estado e coordenado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec), em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e Secretaria da Fazenda (Sefaz). Outro dado que chama a atenção é que 85% das empresas não possuem qualquer tipo de seguro contra perdas ou danos.

Os resultados permitem que o governo tem mais clareza para estruturar linhas de apoio para o setor empresarial. Das 15,2 mil respostas ao formulário, 36,5% são de microempresas, que tiveram o maior número de participantes, seguidas pelos microempreendedores individuais (26%) e empresas de pequeno porte (23%). O formulário separou os empreendimentos em agronegócio, comércio, indústria e serviços. No agro, o principal impacto relatado foi a perda parcial da produção, seguido de danos à infraestrutura das propriedades. No comércio, a pesquisa focou nas dificuldades logísticas, sendo que as estradas e acessos bloqueados foram as maiores dificuldades informadas.

O fechamento das vias também foi citado como um entrave pelo setor da indústria, com 50% das empresas destacando que o escoamento de seus produtos está em condição grave, mas factível com esforço adicional. O mesmo problema foi relatado pelo setor de serviços, que considera os acessos danificados como o principal impacto (56%).

O titular da Sedec, Ernani Polo, fez um apelo para que mais empreendedores preencham o formulário. “Precisamos do maior número possível de participantes para ter um melhor entendimento das perdas. Isso nos ajudará na formatação de linhas de crédito adequadas para o perfil de cada empresa”, destacou.