Um total de 61,5% destes empreendedores tiveram seu negócio muito impactado pelas enchentes, enquanto 37% deles não estão em operação. Os dados fazem parte de um levantamento organizado pelo gabinete de Apoio ao Empreendedor, criado pelo governo do Estado e coordenado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec), em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e Secretaria da Fazenda (Sefaz). Outro dado que chama a atenção é que 85% das empresas não possuem qualquer tipo de seguro contra perdas ou danos.
Os resultados permitem que o governo tem mais clareza para estruturar linhas de apoio para o setor empresarial. Das 15,2 mil respostas ao formulário, 36,5% são de microempresas, que tiveram o maior número de participantes, seguidas pelos microempreendedores individuais (26%) e empresas de pequeno porte (23%). O formulário separou os empreendimentos em agronegócio, comércio, indústria e serviços. No agro, o principal impacto relatado foi a perda parcial da produção, seguido de danos à infraestrutura das propriedades. No comércio, a pesquisa focou nas dificuldades logísticas, sendo que as estradas e acessos bloqueados foram as maiores dificuldades informadas.
O fechamento das vias também foi citado como um entrave pelo setor da indústria, com 50% das empresas destacando que o escoamento de seus produtos está em condição grave, mas factível com esforço adicional. O mesmo problema foi relatado pelo setor de serviços, que considera os acessos danificados como o principal impacto (56%).
O titular da Sedec, Ernani Polo, fez um apelo para que mais empreendedores preencham o formulário. “Precisamos do maior número possível de participantes para ter um melhor entendimento das perdas. Isso nos ajudará na formatação de linhas de crédito adequadas para o perfil de cada empresa”, destacou.