Registro de inadimplentes recua pelo nono mês consecutivo, diz Boa Vista

Indicador de Recuperação de Crédito também recuou no mês, após oito meses de alta

Dinheiro

O número de registros de inadimplentes continua em tendência de queda, e apresentou o nono recuo mensal consecutivo, de 0,47%, no mês de abril na comparação com o mês de março de 2024, considerando os dados com ajuste sazonal. A informação foi divulgada pela Equifax | BoaVista.

Na série de dados originais, os registros subiram 2,45% em abril na variação interanual, após ter recuado 2,35% em março nesta base de comparação. Na análise de longo prazo, medida pela variação acumulada em 12 meses, o indicador de registros de inadimplentes desacelerou seu ritmo de crescimento de 2,1% em março para 1,4% em abril de 2024.


“Este foi o nono recuo consecutivo no indicador, ainda refletindo a melhora que vinha sendo observada mês a mês nos fatores condicionantes, com destaque para os números de emprego e juros. Mas essa melhora começa a se arrefecer, com os números do mercado de trabalho se recuperando mais lentamente, e com o aumento esperado para as taxas básicas de juros, o que pode trazer uma certa pressão sobre os indicadores de inadimplência”, avalia Flávio Calife, economista da Equifax | BoaVista.

RECUPERAÇÃO DE CRÉDITO

Já o Indicador de Recuperação de Crédito da Equifax | Boa Vista registrou recuo de 0,33% em abril na comparação mensal dessazonalizada contra o mês de março de 2024. Contra o mesmo mês do ano anterior, o indicador desacelerou o ritmo de crescimento, mas ainda segue com alta de  0,15% em abril, e na análise acumulada em 12 meses, passou de 19,7% em março para 18,5% em abril.

“A recuperação de crédito tem apresentado forte evolução nos últimos meses, impulsionada pela melhora das condições financeiras do consumidor, com aumento na renda real e redução do endividamento e juros, além das renegociações de dívidas proporcionadas pelo programa Desenrola, mas esses fatores condicionantes estão reduzindo sua importância e mudando a direção, e começando a ter efeito sobre a capacidade dos consumidores de pagar suas dívidas em atraso”, finaliza o economista da Equifax | BoaVista.