Mães se unem e criam espaço de acolhimento para crianças com necessidades especiais

Local conta com equipe especializada e alimentação específica para cada criança

Casa Colo, amor e união em um só espaço - Foto: Andréa Graiz / Divulgação / Rádio Guaíba

Em meio à maior tragédia climática do Rio Grande do Sul, duas mulheres e mães de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), criaram um abrigo específico para acolher crianças PCDs e seus familiares em Porto Alegre. A jornalista Debora Saueressig e a nutricionista Roberta Vargas, idealizadoras do Instituto Colo de Mãe, uniram amor e união para produzir um ambiente acolhedor e adaptado a quem mais precisa.

O Casa Colo abriga cerca de 70 pessoas e é focada em aspectos como alimentação, identificando as necessidades específicas de cada criança, intolerâncias, preferências e alergias alimentares. Conforme Débora, a necessidade surgiu a partir do momento em que ela se colocou no lugar das pessoas que precisavam de acolhimento.

“Se a gente conseguisse ajudar por exemplo duas famílias já tinha sido válido porque a gente sabe que elas precisam desse apoio. A ideia surgiu da vontade de ajudar à população mais desassistida. Nós estamos aqui por eles”.

O local, que também abriga crianças com Síndrome de Down, conta com profissionais especializados em saúde. A equipe é formada por pediatras, neuropediatras, enfermeiros, farmacêuticos, nutricionistas, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas, fonoaudiólogos e psicólogos, proporcionando, dessa forma, uma intervenção multidisciplinar. 

Kellen Cardoso, mãe de uma menina de quatro anos, está abrigada com a família no Casa Colo após perder tudo na Ilha Grande dos Marinheiros. Durante o acolhimento, Kellen descobriu, com a ajuda da equipe, que a filha Morgana possui TEA.

“A minha filha tinha dificuldade de alimentação entre outros comportamentos. Levei em diversos especialistas que falavam que isso era comum. Aqui, eu consegui fazer avaliação com os médicos e exames que detectaram que ela tem autismo de grau leve e agora estou conseguindo alimentá-la da forma como ela consegue de maneira adequada”.

Quem quiser doar à organização ou precisar de acolhimento pode entrar em contato com as idealizadoras do projeto por meio da página da ONG no Instagram (@somoscolodemae).