As chuvas que começaram ainda na quarta-feira causaram transtornos em Santa Maria, na região Central. Foram registrados alagamentos nas localidades de Alto da Colina, no bairro Camobi, Vila Schirmer, no bairro Presidente João Goulart, Portelinha, no bairro Lorenzi, além de pontos dos bairros São José e Caturrita.
Em alguns desses locais, o sistema de coleta de esgoto cloacal está transbordando por conta do lançamento irregular de águas pluviais, neste sistema, tendo como consequência alagamentos em residências. Na Vila Schirmer, o cuidado é redobrado em virtude da elevação do nível do Rio Vacacaí-Mirim, que também pode afetar a localidade de Estação dos Ventos e Vila Bilibui. Todas as pontes e acessos ao interior do município que receberam medidas paliativas para retomada do tráfego na última semana passaram por acompanhamentos depois da chuva.
Ainda nesta quarta-feira, na Rua Cruz Alta, Vila Bela União, no bairro Caturrita, uma galeria cedeu causando um processo erosivo próximo de uma ponte sobre um afluente do Arroio Cadena. A estrutura passou por uma vistoria nesta quinta-feira. Com o solo instável e submetido ao risco de uma maior erosão, por conta das chuvas, o trafego de veículos pesados foi proibido no trecho. Também foi vistoriado o viaduto férreo da Rua Manoel Souza da Rocha, na Vila Nossa Senhora da Conceição.
A Defesa Civil do Município segue vistoriando pontes e galerias tendo em vista o aumento do fluxo de água nas sangas e arroios. A Vila Figheira, no distrito de Arroio Grande também é monitorada. Na localidade, a erosão do solo devido às chuvas ocasionou a queda parcial e de um poste. Por volta das 23h de quarta-feira, uma família, moradora do bairro Nova Santa Marta precisou ser encaminhada para o abrigo na Igreja Santa Catarina.
Segundo os dados do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (CEMADEN), até às 15h desta quinta-feira, choveu em Santa Maria 85 milímetros em 24 horas. Destes, 31 milímetros nas últimas quatro horas.
Uruguaiana
Em Uruguaiana desde as chuvas que causaram enchentes entre o final de abril e início deste mês 2260 pessoas estão fora de suas casas. Desses 319 estão desabrigados. Nos abrigos do município elas recebem quatro refeições diárias. Mesmo com a precipitação de 33,3 milímetros em 24 horas, o rio Uruguai segue recuando. Nesta quinta-feira ele está com um nível de 8,61m, ainda em situação inundação.
A cidade não registrou qualquer transtorno decorrente da chuva, apenas lonas foram entregues para as pessoas que moram em casebres construídos próximos as suas casas. Dos que estão nos abrigos, alguns já deram sinais de volta para casa, por isto receberam kits com material de limpeza e para que façam a remoção das árvores e da sujeira dos rios levada as suas residências. Por causa do frio acentuado, agasalhos e cobertores estão sendo distribuídos em centros de referência e lojas comunitárias. Por meio da defesa civil estão sendo distribuídas cestas básicas para os cadastrados em programas sociais.