Porto Alegre tem 4.845 casos de dengue confirmados neste ano

O total de ocorrências suspeitas notificadas à Equipe de Vigilância de Doenças Transmissíveis da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) soma 29.467 no ano

O total de ocorrências suspeitas notificadas à Equipe de Vigilância de Doenças Transmissíveis da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) soma 29.467 no ano - Foto: Guilherme Almeida / CP

Porto Alegre tem 4.845 casos confirmados de dengue em 2024 até o dia 18. Do total, 4.482 foram contraídos na cidade (autóctones), 259 são importados (infecção fora da cidade) e 104 têm local de infecção indeterminado. O total de ocorrências suspeitas notificadas à Equipe de Vigilância de Doenças Transmissíveis da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) soma 29.467 no ano. Em 2023, no mesmo período, foram 7.334 notificações e 4.744 casos confirmados. Os números são parciais e estão sujeitos à revisão.

Até o momento, houve seis óbitos por dengue entre moradores de Porto Alegre: cinco do sexo feminino (três na faixa etária de 31 a 40 anos, cujos sintomas começaram na SE 11, SE 16 e SE 17; um na faixa etária 50-60 anos, sintomas da SE 18; e um na faixa etária dos 70 aos 80 anos, com início de sintomas na SE 14); e um do sexo masculino, faixa etária de 70 a 80 anos, com sintomas da SE 14.

Os dados estão no boletim epidemiológico publicado nesta quarta-feira, 22, pela Diretoria de Vigilância em Saúde (DVS) da SMS. O levantamento apresenta informações cumulativas até a semana epidemiológica 20 de 2024 (dados cumulativos, até 18 de maio, atualizados na segunda-feira, 20).

A faixa etária dos 21 a 30 anos ainda mantém a maior proporção dos casos confirmados (16,9%), e a maioria dos pacientes são do sexo feminino (52,7%). Os principais sintomas relatados são febre (referida em 4.377 casos, ou 92,3%), seguida por cefaleia (dor de cabeça), em 3.870 casos, e mialgia (dor no corpo), em 3.857 casos confirmados.

Todos os bairros da cidade registraram casos de dengue neste ano, evidenciando a necessidade de manter e reforçar a atuação sobre os reservatórios de mosquitos em cada região. Lixo reciclável/seco e plantas expostos às chuvas e ao acúmulo de água, bem como os depósitos fixos, como ralos, caixas d’água não vedadas e piscinas não tratadas são os principais tipos de criadouros responsáveis pelos altos níveis de infestação de mosquitos em todas as regiões com casos de dengue na cidade.

O Boletim Epidemiológico é uma publicação prevista no Plano de Contingência da Dengue, Zika e Chikungunya da SMS. Em relação à infestação vetorial, desde a SE 18, excepcionalmente, em decorrência da enchente que atingiu Porto Alegre, com impacto em vários bairros monitorados em relação à infestação vetorial, a equipe de monitoramento das armadilhas está impossibilitada de executar suas visitas semanais aos imóveis que possuem dispositivos tipo MosquiTRAP (armadilhas para monitoramento do Aedes aegypti). Por essa razão, os responsáveis pelos imóveis onde as armadilhas estão alojadas são orientados a desativá-las por tempo indeterminado. A desativação consiste apenas em virar o dispositivo, eliminando a água de seu interior. A partir da avaliação técnica que permita a retomada da rotina de monitoramento, as armadilhas serão reativadas.