A Assessoria Econômica da Câmara de Dirigentes Lojistas de Porto Alegre (CDL POA) atualizou a análise sobre os impactos preliminares das recentes enchentes no comércio do Rio Grande do Sul. Os prejuízos somaram R$ 510,9 milhões em nível estadual e de R$ 298,1 milhões para a Capital.
Os números foram obtidos a partir da combinação dos dados fornecidos pela Cielo, por meio do Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA), pelo IBGE e pelo Ministério do Trabalho e Emprego. A base de comparação é de 30 de abril a 12 de maio em relação ao período equivalente de 2023.
Estimativas dos prejuízos no Rio Grande do Sul
Depois da queda de 15,7% na semana entre 30 de abril e 05 de maio, o Rio Grande do Sul apresentou crescimento real de 2,0% das transações na semana de 06 a 12 de maio no confronto com janela semelhante de 2023, de acordo com o ICVA.
Segundo o economista-chefe da CDL POA, Oscar Frank, o crescimento foi impulsionado pelas categorias de maior essencialidade, como super e hipermercados (+28,2%), drogarias e farmácias (+14,1%) e postos de combustíveis (+3,8%). “A incerteza sobre o futuro e o armazenamento de itens essenciais, além das doações para os afetados pelas inundações, foram fatores importantes para esse aumento”, avaliou o economista.
No entanto, segmentos como óticas e joalherias (-66,2%), estética (-52,7%), turismo (-48,9%) e bares e restaurantes (-46,2%) sofreram quedas significativas, justamente onde as pessoas apresentam maior facilidade em conter gastos sem que isso cause malefícios do ponto de vista do bem-estar.
Conforme a metodologia adotada pela Assessoria Econômica da CDL POA, ao incorporar o recuo na primeira semana de maio (- R$ 585,4 milhões) com a leve alta na segunda (+ R$ 74,6 milhões), o prejuízo totaliza R$ 510,9 milhões até o dia 12 para o RS.