Porto Alegre: afetados pelas enchentes terão direito a estadia solidária de R$ 1 mil

Prefeito anunciou também flexibilização em outros benefícios habitacionais concedidos pela prefeitura

Moradores dos bairros afetados terão isenção de dois meses no IPTU. Na foto, entrega de cestas básicas na região Cruzeiro. Foto: Adriana Corrêa/ SMGOV/ PMPA

As famílias porto-alegrenses afetadas pela enchente que tomou parte da Capital terão acesso, agora, ao Estadia Solidária. O benefício do governo municipal prevê o aporte de R$ 1 mil mensais por 12 meses para àquelas pessoas atingidas pelas cheias que não estão hospedadas em abrigos. O programa já teve uma primeira edição onde previa o valor de R$ 700, mas ganhou um acréscimo. O motivo, além de dar suporte aos afetados, visa estimular a “habitação solidária”, que é aquela cujas famílias estão alojadas na casa amigos, vizinhos ou parentes.

Outro benefício municipal que terá mudanças é o Bônus Moradia, um subsídio da prefeitura de R$ 15 mil para aquisição de imóveis de até R$ 253 mil. Agora, também poderão requerer ao auxílio aqueles que já se beneficiaram com programas habitacionais públicos e perderam os seus imóveis. A faixa de renda para recebimento do benefício também aumentou, passando de R$ 4 mil para R$ 8 mil. Dessa forma, “as pessoas tem autonomia para escolher (onde querem morar) e o município faz o pagamento de parte do valor”, defendeu o prefeito Sebastião Melo (MDB), em coletiva de imprensa nesta terça-feira, quando anunciou as medidas.

No pacote de medidas econômicas apresentado na coletiva, também está o cancelamento das guias de maio e junho do IPTU (para aqueles que pagam de forma parcelada). A isenção é somente para as moradias em bairros que foram afetados pelas enchentes, sendo eles: Sarandi, Anchieta, Humaitá, Farrapos, São Geraldo, Navegantes, São João,, Floresta, Centro Histórico, Praia de Belas, Menino Deus, Cidade Baixa, Vila Assunção, Cristal, Lami, Serraria, Arquipélago e Ponta Grossa.

Aos empresários dessas regiões também será ofertado a prorrogação, por três meses, do recolhimento do ISS de maio, junho e julho. O governo estima que cerca de 28 mil empresas na Capital foram atingidas.

Durante a coletiva, Melo reforçou que as medidas são de caráter emergencial e resultarão em um grande descompasse nas finanças, tanto do município quanto do Estado, uma vez que os gastos aumentam e o recolhimento diminui. Diante disso, pediu que, aos que pudessem – moradores e empresários – que mantivessem os pagamentos em dia.