O presidente do Irã, Ebrahim Raisi, morreu nesta segunda (20) vítima de um acidente com o helicóptero em que viajava. O chefe de Estado tinha 63 anos e era presidente do Irã desde 2021. Mais cedo, a televisão estatal confirmou que ele estava em uma aeronave que caiu na região de Varzaqan, no noroeste do país. Raisi e uma comitiva com o alto escalão do governo iraniano voltavam da cerimônia de inauguração de uma barragem na fronteira do Irã com o Azerbaijão.
O ministro do Interior, Ahmad Vahidi, disse à televisão estatal iraniana que sobrevoar a região é “impossível” devido às condições meteorológicas. No entanto, cerca de 73 equipes de resgate, drones e montanhistas haviam sido enviados ao local para realizar as buscas por terra, e os destroços da aeronave foram encontrados.
Inicialmente, pessoas ligadas ao governo afirmaram que se tratava de um “pouso de emergência”, mas após algumas horas passaram a tratar o caso como acidente.
“Equipes de resgate e drones foram enviados para a área, uma região montanhosa com florestas e condições climáticas desfavoráveis, especialmente neblina pesada, a operação de busca e resgate levará tempo”, informava a nota da agência estatal.
Inicialmente, pessoas ligadas ao governo afirmaram que se tratava de um “pouso de emergência”, mas após algumas horas passaram a tratar o caso como acidente.
Raisi ficou conhecido por posições conservadoras. Ele também é um membro do clero xiita, tendo estudado em seminários religiosos importantes no Irã. Ele era visto como um potencial sucessor do líder supremo, o aiatolá Ali Khamenei.
O sistema político do Irã é dividido entre a ala política e a religiosa. No entanto, é o aiatolá quem tem a palavra final sobre as decisões do país.
A eleição de Raisi como presidente foi marcada por controvérsias, tanto internas quanto internacionais, devido ao histórico dele de envolvimento em julgamentos e execuções em massa de prisioneiros políticos em 1988, um tema polêmico dentro e fora do Irã.
A relação do país com Israel também ficou mais tensionada durante o governo de Ebrahim Raisi. Nesse período, o Irã intensificou o enriquecimento de urânio, dificultou as inspeções internacionais e apoiou a Rússia na invasão da Ucrânia. Além disso, o país lançou ataques com mísseis e drones contra Israel durante o conflito em Gaza.