O mercado financeiro aumentou as estimativas de inflação para 2024 e 2025, além de projetar um recuo de juros menor em 2024. As previsões constam no relatório “Focus”, divulgado nesta segunda-feira, 20, pelo Banco Central, com projeções de mais de 100 instituições financeiras, na semana passada, sobre a economia.
Para a inflação deste ano, os analistas dos bancos subiram a expectativa de inflação, de 3,76% para 3,80%. Para 2025, a estimativa de inflação avançou de 3,66% para 3,74% na última semana. Com isso, a expectativa dos analistas para a inflação de 2024 se mantém acima da meta central de inflação, mas abaixo do teto definido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). No próximo ano, a meta de inflação é de 3% e será considerada cumprida se oscilar entre 1,5% e 4,5%.
Para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024, a projeção do mercado caiu de 2,09% para 2,05%. Já para 2025, a previsão de alta do PIB do mercado financeiro ficou estável em 2%. Quanto à taxa de juros, para o fechamento de 2024, a projeção do mercado para o juro básico da economia avançou de 9,75% para 10% ao ano. Isso quer dizer que o mercado estima um corte menor de juros neste ano. Para o fim de 2025, por sua vez, o mercado financeiro manteve a projeção estável em 9% ao ano.
A projeção para a taxa de câmbio para o fim de 2024 subiu de R$ 5 para R$ 5,04. Para o fim de 2025, a estimativa continuou em R$ 5,05. Para o saldo da balança comercial, a projeção subiu de US$ 80 bilhões para US$ 82 bilhões de superávit em 2024. Para 2025, a expectativa para o saldo positivo avançou de US$ 76,2 bilhões para US$ 76,3 bilhões. No mesmo documento, os analistas registraram uma estimativa para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil neste ano subindo de US$ 69,5 bilhões para US$ 70 bilhões de ingresso. Para 2025, a estimativa de ingresso avançou de US$ 73 bilhões para US$ 73,5 bilhões.