Desocupação cresce em oito unidades da federação no primeiro trimestre do ano, diz IBGE

No RS, o indicador subiu 5,8% no período, vindo já de uma alta de 5,2% no quarto trimestre do ano passado

Foto: Alina Souza/CP

A taxa de desocupação no país subiu para 7,9% no primeiro trimestre de 2024, um aumento de 0,5 ponto percentual  na comparação com o quarto trimestre de 2023. O crescimento foi acompanhado por oito Unidades da Federação (UF). Os dados são do resultado trimestral da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada nesta sexta-feira, 17, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ao apontar que no Rio Grande do Sul o indicador subiu 5,8% no período, vindo já de uma alta de 5,2% no quarto trimestre do ano passado.

Na análise das grandes regiões, a desocupação cresceu no Nordeste (aumento de 10,4% para 11,1%), no Sudeste (de 7,1% para 7,6%) e no Sul (de 4,5% para 4,9%), ficando estável no Norte e no Centro-Oeste. “A maior parte das UFs mostrou tendência de crescimento, embora apenas oito com crescimento estatisticamente significativo. A única exceção foi o Amapá. Nas demais 18 UFs, a taxa ficou estável”, explica Adriana Beringuy, Coordenadora de Pesquisas por Amostras de Domicílios do IBGE.

Registraram aumento na desocupação os estados do Acre, Bahia, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, São Paulo e Santa Catarina. Rondônia (3,7%) e Mato Grosso (3,7%) ficaram estáveis e apresentaram a menor taxa no período. Já na comparação anual, no confronto entre 1º trimestre de 2023 e 1º trimestre de 2024, nenhuma UF registrou aumento significativo.

“Isso mostra que na comparação de curto prazo, há influência dos padrões sazonais. Mas a trajetória de queda anual, que já vem sendo observadas em outros trimestres, se manteve”, analisa Beringuy. “O crescimento da taxa de desocupação do primeiro trimestre de 2024 na comparação trimestral não invalidou a maioria dos indicadores do mercado do trabalho na comparação anual”, complementa a pesquisadora.

RENDIMENTO MÉDIO

No primeiro trimestre de 2024, o rendimento médio habitual no país foi estimado em R$ 3.123, crescendo tanto em relação ao 4º trimestre de 2023 (R$ 3.077) quanto relação ao 1º trimestre de 2023 (R$ 3.004). Na comparação trimestral, apenas a região Sul (R$ 2.475) apresentou crescimento, enquanto as demais tiveram estabilidade. Já em relação ao mesmo tri do ano anterior, o rendimento cresceu no Norte, Sudeste e Sul, com as demais em estabilidade.

A massa de rendimento médio mensal real de todos os trabalhos habitualmente recebido foi de R$ 308,3 bilhões, estável ante o trimestre anterior (R$ 306,2 bilhões) e maior do que no 1º trimestre de 2023 (R$ 289,1 bilhões). Todas as grandes regiões tiveram aumento da massa de rendimento em ambas as comparações.