O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deverá anunciar nesta quarta-feira, 15, em Porto Alegre, medidas que beneficiem pessoas físicas residentes no Rio Grande do Sul. O anúncio deve acontecer no começo da tarde, em coletiva de imprensa em sua segunda visita ao estado. Entre as especulações está a entrega de um voucher no valor de R$ 5 mil para cada família afetada pela tragédia, o que poderia atingir cerca de 100 mil famílias e custar R$ 500 milhões.
Outra possibilidade é a ampliação do Bolsa Família no estado. Em maio, o pagamento do Programa Bolsa Família para beneficiários de todos os municípios do Rio Grande do Sul foi unificado para o primeiro dia do calendário: sexta-feira, 17. Não será necessário esperar a data informada inicialmente, que segue o calendário escalonado conforme o último dígito do Número de Identificação Social (NIS). Ao todo, 583 mil famílias que vivem no estado serão contempladas, num investimento de R$ 380 milhões.
A terceira alternativa poderá ser o pagamento de um auxílio emergencial, como ocorreu durante o período da pandemia de Covid-19, para as famílias atingidas. Este valor poderia variar entre R$ 600 e R$ 1.000.
Na segunda-feira, o Governo Federal anunciou a suspensão do pagamento da dívida do estado com a União por três anos e, conforme o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o perdão dos juros no período vai resultar numa renúncia de R$ 12 bilhões – maior que o valor do fluxo de quitação que serão interrompido, de R$ 11 bilhões, uma renúncia de R$ 4 bilhões por ano. Segundo o ministro, o perdão se aplica sobre todo o estoque, que supera os R$ 100 bilhões, o segundo maior endividamento entre as 27 unidades da federação, perdendo apenas para o Rio de Janeiro.
As medidas somam-se aos R$ 50,9 bilhões que haviam sido destinados — entre antecipação de programas sociais e liberação de crédito para o RS — e aos R$ 12,1 bilhões liberados por Medida Provisória para diversos órgãos federais executarem ações necessárias no atendimento aos municípios.