A terça-feira, 14, será marcada pela divulgação da ata do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central que, na semana passada, definiu por uma nova taxa de juros no país, de 10,50%, com uma redução de 0,25 ponto percentual. O documento deverá trazer detalhes que apontem uma tendência para os próximos meses, além da divisão dos votos, desempatado pelo presidente da autoridade monetária Roberto Campos Neto.
Parte dos diretores defenderam a redução de 0,50 ponto percentual enquanto outra parte foi pela redução do 0,25 ponto percentual. E os analistas vão tentar ler, na ata do encontro, quais eram os argumentos de cada um dos dois lados para a redução, ou se seria apenas o entendimento do ritmo futuro dos sinais inflacionários no Brasil e nos principais mercados internacionais.
Talvez sejam argumentos que justifiquem o comportamento das tendências apontadas no Relatório Focus, divulgado nesta segunda-feira. O mercado financeiro elevou as expectativas de inflação, taxa de juros e do desempenho da economia em 2024. No caso do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, a estimativa subiu de 3,72% para 3,76%, enquanto a previsão para a inflação de 2025 também avançou, de 3,64% para 3,66%.
Mesmo assim, a expectativa para a inflação de 2024 se mantém acima da meta central de inflação, mas abaixo do teto definido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A meta central de inflação é de 3% neste ano, e será considerada formalmente cumprida se o índice oscilar entre 1,5% e 4,5% neste ano. Já a projeção para a taxa básica de juros, a taxa Selic, teve nova alta passando de 9,63% para 9,75%, enquanto a previsão para 2025 permaneceu em 9,0%.