Indústria nacional tem expansão de 1,9% no primeiro trimestre, diz IBGE

Período registrou taxas positivas em 16 dos 18 locais pesquisados

Indústria. Foto: Agência Brasil/Arquivo

O desempenho de 2024 da indústria nacional, comparado com igual período de 2023, mostrou expansão de 1,9% do setor até março, com taxas positivas em 16 dos 18 locais pesquisados. Rio Grande do Norte (24,1%) e Goiás (10,9%) assinalaram avanços de dois dígitos e os mais acentuados no índice acumulado para os três primeiros meses do ano. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira, 9, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“Contextualizando, 16 dos 18 locais apresentaram resultados positivos após, no mês passado, todos os locais apresentarem taxas positivas nesse tipo de comparação. O resultado da indústria potiguar foi o maior em termos absolutos e o sexto em termos de influência. O setor de derivados de petróleo foi o que mais influenciou nesses resultados, principalmente, o aumento na produção de óleo diesel e de gasolina automotiva. Vale salientar que a indústria potiguar é bastante concentrada no setor de derivados do petróleo, o que nos ajuda a explicar a importância dessa atividade para a indústria local”, explica o analista da pesquisa, Bernardo Almeida.analisa Almeida.

Mato Grosso (6,2%), Ceará (6,0%), Rio de Janeiro (5,9%), Espírito Santo (5,5%), Amazonas (4,4%), Santa Catarina (3,5%), Bahia (3,3%), Rio Grande do Sul (3,0%), Pará (2,3%), Mato Grosso do Sul (2,3%), Minas Gerais (2,2%) e São Paulo (2,1%) também apontaram taxas positivas mais intensas do que a média nacional (1,9%), enquanto Maranhão (0,5%) e Região Nordeste (0,4%) completaram o conjunto de locais com crescimento na produção no índice acumulado no ano.

Por outro lado, Paraná (-1,9%) mostrou o recuo mais intenso no índice acumulado para o período janeiro-março de 2024, pressionado, principalmente, pelas atividades de veículos automotores, reboques e carrocerias (automóveis e autopeças), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (óleo diesel e querosenes de aviação) e máquinas e equipamentos (máquinas para perfuração e sondagem – usadas na prospecção de petróleo, máquinas para colheita, tratores agrícolas, carregadoras-transportadoras e máquinas ou aparelhos para agricultura, silvicultura e pecuária). Pernambuco, com variação negativa de 0,1%, assinalou a outra taxa negativa no índice.

O acumulado nos últimos 12 meses, ao avançar 0,7% em março de 2024, permaneceu mostrando crescimento, mas reduziu a intensidade frente ao resultado de fevereiro (1,0%). Onze dos 18 locais pesquisados registraram taxas positivas em março de 2024, mas onze apontaram menor dinamismo frente aos índices de fevereiro. Amazonas (de 2,9% para -0,2%), Paraná (de 3,1% para 2,1%), Minas Gerais (de 3,1% para 2,2%), Mato Grosso do Sul (de -0,1% para -0,9%) e Maranhão (de -4,1% para -4,8%) assinalaram as principais perdas entre fevereiro e março de 2024, enquanto Rio Grande do Norte (de 19,3% para 20,6%) e Goiás (de 7,6% para 8,5%) mostraram os principais ganhos entre os dois períodos.