Mercado projeta menor corte na Selic em semana de Copom, diz BC

Taxa de juros é estimada em 10,50% ao ano

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Os economistas do mercado financeiro passaram a prever um corte menor de juros nesta semana, para 10,50% ao ano, comparado com os 10,75% ao ano praticados atualmente, após seis reduções seguidas promovidas pelo Banco Central. A semana, aliás, tem reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, e a tendência é de uma nova redução do indicador.

Nas projeções dos analistas, aliás, há espaço para um recuo também na inflação de 2024, enquanto há estimativas para a evolução do Produto Interno Bruto (PIB). Os dados foram divulgados nesta segunda-feira, 6, pelo Relatório Focus do Banco Central.

A estimativa do IPCA para este ano caiu de 3,73% para 3,72%, enquanto a previsão para a inflação de 2025 avançou de 3,60% para 3,64%. Com isso, se mantém dentro do teto da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que definiu um indicador de 3% neste ano, e será considerada formalmente cumprida se o índice oscilar entre 1,5% e 4,5% neste ano. Para 2025, a estimativa de inflação avançou de 3,56% para 3,60%. No próximo ano, a meta de inflação é de 3% e será considerada cumprida se oscilar entre 1,5% e 4,5%.

PIB

Para o Produto Interno Bruto, as projeções para 2024 subiram de 2,02% para 2,05%, enquanto para 2025 continuou em 2,0% pela 21ª semana seguida. Já para a taxa básica de juros (Selic) houve nova alta na semana, passando de 9,50% para 9,63%, enquanto a previsão para 2025 permaneceu em 9,0%. No caso do dólar, a mediana das projeções se mantém nos mesmos R$ 5,00 em 2024, em R$ 5,05 para 2025.

Para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), a projeção recuou de US$ 80 bilhões para US$ 79,8 bilhões de superávit em 2024. Para 2025, a expectativa para o saldo positivo avançou de US$ 75 bilhões para US$ 76 bilhões.

No caso do investimento estrangeiro, a previsão do relatório para a entrada de recursos subiu de US$ 67 bilhões para US$ 68,8 bilhões de ingresso. Para 2025, a estimativa de ingresso ficou estável em US$ 73 bilhões.