O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) foi de -0,01% na Região Metropolitana de Porto Alegre em abril, 0,33 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa de março (0,32%). Das 11 áreas pesquisadas, apenas Porto Alegre e Fortaleza (-0,02%) tiveram variações negativas, enquanto a média nacional foi de 0,21%. Nos últimos 12 meses, a variação do IPCA-15 na Região Metropolitana foi de 2,85%, abaixo dos 3,61% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em abril de 2023, o IPCA-15 havia sido de 0,73%. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) foi divulgado hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete tiveram alta em abril. O maior impacto no índice do mês, contudo, foi negativo e veio do grupo dos Transportes (-1,99%), que somou -0,42 p.p. ao IPCA-15 de Porto Alegre. Do lado das altas, a maior influência (0,13 p.p.) veio de Alimentação e bebidas (0,61%), seguido de Saúde e cuidados pessoais (0,90% e 0,12 p.p.). As demais variações ficaram entre a queda de 0,13% em Artigos de residência e a alta de 0,89% em Vestuário.
No grupo dos Transportes (-1,99%), estão os dois subitens com maior contribuição individual para o índice do mês: a gasolina (-3,20% e -0,21 p.p.) e a passagem aérea (-19,08% e -0,17 p.p.), que teve em Porto Alegre o recuo mais intenso do país (na média, -12,20%). Também registraram queda os automóveis usados (-1,70%) e o conserto de automóvel (-1,36%).
Em Alimentação e bebidas (0,61%), por outro lado, a alimentação no domicílio subiu 0,63% em abril. Contribuíram para esse resultado as altas da cebola (13,57%), do ovo de galinha (13,78%), do tomate (9,85%), do leite longa vida (3,34%) e das frutas (3,68%), sobretudo morango (22,30%) e mamão (11,29%). No lado das quedas, destacam-se a batata-inglesa (-8,21%), o arroz (-6,90%) e as carnes (-0,61%).
A alimentação fora do domicílio (0,56%) acelerou em relação ao mês de março (0,22%), em virtude de altas mais intensas tanto na refeição (de 0,20% em março para 0,70% em abril), quanto no lanche (de 0,11% para 0,41%).
Em Saúde e cuidados pessoais (0,90%), a maior contribuição (0,05 p.p.) veio dos produtos farmacêuticos (1,47%), após a autorização do reajuste de até 4,50% nos preços dos medicamentos, a partir de 31 de março. Além disso, o item plano de saúde (0,73%) segue incorporando as frações mensais dos reajustes dos planos novos e antigos para o ciclo de 2023 a 2024. Tiveram aumento ainda os produtos de higiene pessoal (0,85%), com destaque para o perfume (2,41%).