Os segmentos de logística e de energia têm um potencial de investimentos, a longo prazo, superior a R$ 1 trilhão no Rio Grande do Sul. As expectativas e cenários foram detalhados na reunião-almoço Tá na Mesa desta quarta-feira, 24, na Federasul com as potencialidades de investimento para o estado nos próximos anos. O encontro teve a participação do diretor comercial da Wilson Sons, Rodrigo Velho, e o diretor de eólicas do Sindicato da Indústria de Energias Renováveis do Rio Grande do Sul (SINDIENERGIA-RS), Guilherme Sari.
O diretor de eólicas do SINDIENERGIA-RS, Guilherme Sari, forneceu perspectivas sobre o setor energético, com destaque para a matriz eólica. Segundo ele, a perspectiva é que cerca de 55 projetos de instalação de turbinas espalhados pelo estado movimentarão cerca de R$ 40 bilhões a partir de 2026, em um “espaço de seis a sete anos”. “Nosso grande objetivo é sermos autossustentáveis”, explicou.
Sari explicou que o Rio Grande do Sul ainda importa cerca de 30% da energia que consome, mas que, com os investimentos previstos, deve atingir a autossuficiência até 2030. Para isso, ele destacou a chegada da empresa alemã Nordex ao Estado.
RECUPERAÇÃO
Já o diretor comercial da Wilson Sons, Rodrigo Velho, explicou a atuação da empresa especializada em logística portuária no RS. Para ele, há uma recuperação expressiva no setor, após a pandemia, em torno de 20% em 2023, fato que pode ser comprovado pela agenda de idas e vindas das embarcações.
O diretor comercial da Wilson Sons também afirmou a importância que o Porto de Rio Grande vem tendo para a indústria gaúcha, inclusive frente a portos da Argentina e do Uruguai. Esse destaque, explicou o especialista, a partir dos investimentos da empresa para transformar o porto gaúcho em um Hub Port – porto concentrador de cargas e linhas.
“Cargas do setor automotivo argentino vão passar por Rio Grande. O mercado gaúcho ganha. Esse serviço vai ter maior confiabilidade e menores atrasos no sistema (portuário)”, explicou. Segundo ele, essa importância e aumento de competitividade do porto de Rio Grande também se explica por problemas sofridos pelos argentinos.
“Estamos surfando em uma onda de restrição em Buenos Aires”, falou. O porto do país vizinho passa por diminuição da navegabilidade devido ao assoreamento, inviável tecnicamente e também financeiramente, em função da situação econômica dos vizinhos.