A reunião da Assembleia Geral Extraordinária (AGE) da Petrobras na quinta-feira, 25, terá como pauta principal a liberação de 50% dos dividendos extraordinários, retidos em reunião realizada em março. O presidente Jean Paul Prates defendeu o pagamento de 50% do valor, mas o governo Federal escolheu pela retenção total do dividendo no fundo de reserva.
Na sexta-feira, 19, o conselho decidiu pela liberação que precisa ser aprovada na AGE. O pagamento dos 50% remanescentes ainda será avaliado pelo conselho. Se aprovado, o pagamento de metade dos dividendos fará a Petrobras distribuir quase R$ 22 bilhões ao mercado, dos quais R$ 6 bilhões vão para os cofres da União, acionista majoritária da empresa.
Em comunicado ao final de sexta-feira, 19, a Petrobras disse que o Conselho de Administração (CA) da Companhia, definiu em continuidade ao seu processo de esclarecimento sobre a destinação do lucro remanescente do exercício de 2023 e a possibilidade de distribuição de dividendos extraordinários, durante a apresentação de acompanhamento da execução do Plano Estratégico 2024-2028.
“Considerando cenários dinâmicos, como a evolução do Brent, do câmbio e outros fatores, o CA entendeu, por maioria, serem satisfatórios os esclarecimentos e atualizações sobre a financiabilidade da Companhia no curto, médio e longo prazo e da preservação da governança, de modo que: (i) eventual deliberação pela Assembleia Geral Ordinária (“AGO”), marcada para o dia 25/04/2024, distinta da proposta da Administração de 07/03/2024, que venha a distribuir, a título de dividendos extraordinários, até 50% do lucro líquido remanescente (após as alocações às reservas legais e o pagamento de dividendos ordinários), não comprometeria a sustentabilidade financeira da Companhia; (ii) eventual distribuição dos 50% remanescentes pela Companhia, a título de dividendos intermediários, será avaliada pelo CA ao longo do exercício corrente”.