Bancos mundiais têm até US$ 400 bilhões para estimular o desenvolvimento

Instituições anunciaram cinco medidas para terem uma atuação mais eficaz e complementar

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Os líderes de 10 Bancos Multilaterais de Desenvolvimento (MDBs, na sigla em inglês) anunciaram neste final de semana cinco medidas conjuntas no âmbito do compromisso de terem uma atuação mais eficaz e complementar. Uma delas é a concessão de empréstimos na ordem dos US$ 300 bilhões a US$ 400 bilhões na próxima década, com o apoio de acionistas e parceiros.

O encontro foi organizado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que detém a presidência rotativa do Grupo de Líderes dos MDBs, e as decisões servirão também como uma contribuição valiosa para o próximo Roteiro do G20 para transformar os MDBs em um sistema “melhor, maior e mais eficaz”, além de outros fóruns.

Entre as ações projetas pelo grupo estão oferecer um conjunto diversificado de instrumentos financeiros inovadores aos acionistas, aos parceiros de desenvolvimento e ao mercado de capitais, incluindo instrumentos híbridos de capital e de transferência de risco. Além disso, se propõem a apresentar uma abordagem comum para medir os resultados climáticos sobre as economias mundiais.

Os líderes se comprometem a avaliar propostas sobre plataformas lideradas e pertencentes aos países, rumo a um entendimento comum e aos próximos passos, incluindo a implementação de plataformas por alguns MDBs, e reduzir custos de transação e aumentar a eficiência e a sustentabilidade. Entre os objetivos estão acelerar o cofinanciamento de projetos do setor público com o recém-lançado Portal de Cofinanciamento Colaborativo.

Os MDBs concordaram em aumentar o foco no impacto do seu trabalho, com ações que incluem aumentar a colaboração em avaliações de impacto conjuntas, notadamente com abordagens compartilhadas para monitorizar e avaliar o impacto, e prosseguir iniciativas de harmonização, sempre que isso seja útil. As ações incluem um balanço dos principais indicadores de desempenho (KPI) sobre a natureza e a biodiversidade que estão atualmente em uso e explorar a viabilidade do alinhamento de alguns indicadores antes da COP30 em 2025.