Acompanhando a missão do governo gaúcho à Europa, o presidente da Famurs, Luciano Orsi, não mediou as palavras ao afirmar que defende a aprovação do projeto que prevê o aumento da alíquota de ICMS de 17% para 19%. A principal justificativa está relacionada aos projetos e parcerias firmados entre o Executivo estadual e as prefeituras.
“Estamos num Estado, que depois de vários anos, tem conseguido pagar os compromissos, conseguiu quitar os débitos com os municípios. Hoje o Estado está com vários programas de parceria”, defendeu, acrescentando que o aumento de ICMS é uma forma de garantir que esse panorama se mantenha.
“A Famurs teve uma posição, construída por ampla maioria, quando do projeto dos 19,5% (no final de 2023), favorável a esse escalonamento (aumento)”, relembrou. Na ocasião, inclusive, um grupo de prefeitos repudiou a posição e fez mobilizações contrárias ao projeto.
Ele ressaltou ainda que o ideal seria não ter esse reajuste, mas que a situação financeira do Estado exige tal medida. Apresentou ainda como argumento para a posição o fato de que investimentos nas cidades auxiliam na competitividade e melhoria na qualidade de vida da população.
Orsi deixará o comando da entidade que representa os municípios gaúchos no dia 28 de maio, quando a votação do aumento do imposto já deverá ter sido concluída na Assembleia Legislativa.
Em tempo (1): Orsi se mostrou um grande cantor, durante encontro que encerrou a participação de deputados, em Hamburgo, ele soltou a voz, puxando os demais.
Em tempo (2): Marcelo Arruda, prefeito reeleito de Rio Azul, na região norte do RS, substituirá Orsi no cargo. Ele é o atual vice-presidente da entidade. No rodízio, Arruda foi indicado pelo ex-PTB, atual PRD.
