A intenção de consumir em abril foi puxada positivamente pelas famílias nas duas perspectivas de renda. As famílias com renda acima de 10 salários mínimos tiveram alta de 0,8%, enquanto as famílias com renda menor que 10 salários subiram 0,4%. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira, 18, pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Tanto as famílias consideradas mais ricas quanto as de renda menor apresentaram melhora da percepção do Acesso ao Crédito – ICF, registrando 1,2% e 0,4%, respectivamente. Com isso, é evidente que a melhora do acesso ao crédito está sendo percebida por todos os consumidores e não somente para os que têm condições melhores de pagamento.
Nas famílias com menor renda, apenas o indicador de momento para duráveis registrou desempenho negativo (-0,4%), sendo a terceira queda consecutiva, enquanto o melhor resultado foi do indicador de perspectiva de consumo, mostrando que as famílias, embora com menor renda, estão animadas para consumir nos próximos meses.
No recorte das famílias mais ricas, o indicador de emprego atual recuou 0,4% e o de perspectiva profissional ficou estável. Ademais, ao contrário das famílias abaixo de 10 salários mínimos, o indicador de momento para duráveis teve o melhor desempenho (+2,4%).
PÚBLICO FEMININO
A intenção de consumo apresentou recuo mensal em ambos os gêneros pelo segundo mês consecutivo, mais intenso entre as mulheres (-1,3%, contra -0,8% para os homens). Elas também apresentaram mais dificuldade de ter acesso ao crédito, com queda mensal de 1,1%, sendo a quarta alta seguida. Dentre os homens, apenas o indicador de Emprego Atual teve alta (0,5%); enquanto entre as mulheres, nenhum dos indicadores registrou variação positiva no mês.