Um servidor público foi preso, na manhã desta terça-feira, por fornecer informações do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-RS) a uma facção com origem no bairro Bom Jesus, na zona Leste de Porto Alegre. Ele é um dos alvos da Operação Kynos, que apura crimes de falsificação de documentos, clonagem de veículos, violação de sigilo profissional e estelionatos.
Participam da ação 40 agentes e três delegados do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) da Polícia Civil, divididos em 12 viaturas. Eles cumprem oito mandados de busca e seis ordens de prisão preventiva em Canoas, Porto Alegre. As diligências também acontecem em Charqueadas, no sistema prisional.
A ofensiva decorre de 15 meses de investigações, coordenadas pela 1ª Delegacia de Combate à Corrupção do Deic, sob comando do delegado Max Otto Ritter. A suspeita é que o funcionário lotado no
Detran fornecia informações privilegiadas e senhas ao grupo criminoso. O objetivo dele seria legalizar veículos irregulares em nome da facção.
“A partir das ações desencadeadas nesta manhã, serão realizados os interrogatórios dos alvos e a análise dos objetos apreendidos, a fim de se comprovar a materialidade dos crimes e os indícios de autoria dos integrantes da organização criminosa”, destacou Max Otto Ritter.
Ainda segundo o delegado, buscas foram executadas nas residências dos investigados e na sede do Detran, localizada na rua Washington Luiz, no Centro Histórico de Porto Alegre. O esquema seria coordenado por um detento, que foi alvo de novo mandado de prisão na Penitenciária Estadual do Jacuí (Pej).