Como o RS quer conquistar os investimentos italianos

Com portfólio, governo gaúcho tenta chamar a atenção de potenciais negócios durante missão à Europa

Comitiva do governo gaúcho durante reunião com investidores italianos | Foto: Mauricio Tonetto / Secom / CP

Os encontros entre integrantes do governo gaúcho e das agências do setor bancário, de investimentos e de fomento em Roma, na Itália, nesta terça-feira, tiveram a tônica de aproximação. Assim, a relevância dessas reuniões se dá na interação e os seus frutos serão colhidos no longo prazo.

Afinal, a Itália tem empresas com relevância internacional em vários segmentos, como na infraestrutura, uma economia forte e recursos para investir. Mas como ser diferenciado neste processo?

A concorrência não é fácil. E essa aproximação busca exatamente despontar. Assim, o governo apresentou aos representantes da SACE (agência pública de fomento), da SIMEST (agência privada no setor financeiro) e do Intesa Sao Paolo (banco privado) um rol de possibilidades, fazendo com que esses empresários vejam o Rio Grande do Sul como um potencial local para investimentos.

“(O encontro) É uma porta que se abre, mas há muito trabalho pela frente para trazer efetivamente esses investimentos”, resumiu Sebastian Watenberg, do Departamento de Promoção Comercial e Assunto Internacionais (DPCI) da Secretaria de Desenvolvimento Econômico.

Mas efetivamente como o Estado pode se diferenciar? Segurança jurídica, reformas estruturais, projetos de infraestrutura em prospecção e capacidade de oferecer mão de obra foram alguns dos elementos utilizados para desenhar o RS como um ambiente atrativo. Dos setores que atraíram maior atenção dos investidores estiveram o da energia renovável, de semicondutores, de saneamento e de concessão de rodovias, como o caso dos blocos 1 e 2.

Um dos pontos que ganhou atenção dos investidores foi o potencial do hidrogênio verde. Neste aspecto, o governo acredita ter vantagens competitivas, como o de ter um mercado interno para seu consumo, diferente de outras regiões. “Os estados que têm feito esse movimento têm o foco exclusivo na exportação. Enquanto que o RS tem a capacidade de exportar, mas também de ter consumo interno pela matriz industrial”, apontou Watenberg. Na mesma linha, o secretário de Parcerias e Concessões, Pedro Capeluppi, complementa que o fato de o RS já ter um estudo pronto sobre potencialidades do hidrogênio verde também é um diferencial na disputa por investimentos.