Houve uma forte desaceleração da inflação em março para todas as classes de renda pesquisadas. É o que revela o Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgado nesta segunda-feira, 15. Entretanto, as famílias de renda alta foram as que apresentaram o maior recuo inflacionário, tendo em vista que a taxa apurada de 0,05%, em março, ficou bem abaixo da observada em fevereiro (0,83%).
Conforme o indicador, para o segmento de renda muito baixa a queda foi um pouco menos expressiva, dado que a taxa de inflação recuou de 0,78% para 0,22%, entre fevereiro e março. De uma maneira geral, a melhora no comportamento dos preços dos alimentos no domicílio e dos combustíveis explicam grande parte deste alívio inflacionário em março. Adicionalmente, para o segmento de renda alta, a desaceleração do grupo educação, impactado em fevereiro pelo reajuste das mensalidades escolares, também contribuiu para esta descompressão inflacionária em março.
Conforme técnicos do Ipea, mesmo diante de uma maior pressão inflacionária no primeiro trimestre de 2024, no acumulado em 12 meses, as famílias de renda muito baixa seguem apresentando a menor taxa de inflação (3,25%), enquanto a faixa de renda alta aponta a taxa mais elevada (4,77%).