Em Quaraí, divisa com Artigas no Uruguai, o rio que leva o nome da cidade, transbordou medindo 9,34 m – superando em nove centímetros a cota de cheia.
Segundo Luana Guterres, coordenadora da Defesa Civil municipal, três famílias foram removidas (10 pessoas ao todo) e levadas ao Piquete Piazito Carreteiro.
Para outros núcleos familiares houve a distribuição de lonas. “Os moradores suspendem os móveis e cobrem com o lonado”, diz Luana.
Chove moderadamente e a previsão é de 50 mm ao longo das próximas 24 horas, agravando ainda mais a situação dos ribeirinhos. Mesmo assim, o rio estaria estabilizado.
As pontes do Saladeiro e Gaudêncio foram encobertas pelas águas e seguem interditadas. A Ponte do Gaudêncio liga o centro ao bairro mais populoso da cidade. Os populares estão fazendo desvios por outros caminhos mais longos para chegar à área central.
Depois da trégua voltou a chover de forma intermitente em Uruguaiana – Fronteira Oeste do RS. Conforme o coordenador da Defesa Civil municipal, Paulo Woutheres, a previsão para as próximas horas da meteorologia aponta uma precipitação de 75 mm.
Nos últimos três dias choveu no município 130 mm, de acordo com Woutheres. No interior as marcas superaram os 160 mm.
Os bairros do perímetro urbano mais afetados são o Cidade Nova, União da Vilas, Cabo Luiz Quevedo e áreas centrais da cidade, a exemplo das esquinas das ruas Santana e General Câmara, além da Prado Lima confluência com a Flores da Cunha.
A principal preocupação, diz Woutheres, é de que haja grande volume de chuva, em curto espaço de tempo, impedindo o escoamento natural das águas e provocando alagamentos em uma série de pontos e ainda enxurradas que chegam a avançar para o interior de moradias.
Os sistemas existentes nem sempre dão vazão ao fenômeno recorrente. Equipes da Secretaria de Infraestrutura estão trabalhando na limpeza de sangas, córregos, desobstrução de bueiros e monitoramento dos locais mais atingidos.
No Distrito do Plano Alto, devido ao excesso de lama em uma das vicinais, um dos ônibus escolares que atendem a comunidade atolou. O veículo foi tracionado por um trator de propriedade rural do entorno.
De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, a zona rural é duplamente castigada com as chuvas que são anotadas desde sexta-feira passada.
Em Alegrete, o responsável pela Defesa Civil, Renato Grande, além dos 70 mm aferidos desde sábado, acredita que a maior preocupação passou a ser com o nível do rio Ibirapuitã que cresce rapidamente.
Na segunda-feira, a corrente media 6,80 m, se aproximando da cota de atenção fixada em 7,50 m. “As informações de que choveu 150 mm, em Sant’Ana do Livramento, nos últimos dias, município onde o rio nasce, representa uma ameaça para as águas em Alegrete”, destaca.
As equipes da Defesa Civil e órgãos de assistência estão de sobreaviso para possível cheia no município, conclui Grande.
Em Itaqui, a chuva tem sido constante, porém branda e esparsadas, sem provocar danos à cidade, diz Juliano Cabral, assessor da Defesa Civil. O acumulado anota 22 mm.