Para o economista André Perfeito, o resultado veio fortemente influenciado pela queda de gasolina (com a dissipação dos efeitos do ICMS) e de alimentos in natura. “Este resultado tem implicações mais politicas que econômicas, muito provavelmente a piora na avaliação do presidente seja devido a pressão destes dois grupos que atinge diretamente as camadas mais desfavorecidas da sociedade e agora houve alívio momentâneo. Carnes, por exemplo, teve mais uma vez deflação e sabemos como isto se tornou um tema politicamente sensível”, diz.
Apesar do número benigno, segundo ele, a projeção de SELIC no ano fica mantida em 9,75% por dois motivos pois há uma defasagem ainda importante nos preços da gasolina no Brasil com o que é praticado fora do país. “Para mim a questão sempre foi a inflação de serviços e se o mercado de trabalho continua forte é razoável supor que continuará a ter pressões nesse grupo”.