A Justiça do Rio Grande do Sul condenou Yasmin Vaz dos Santos Rodrigues, mãe de Miguel, a 57 anos, um mês e e dez dias de prisão em regime fechado, pela morte do menino, em julho de 2021. Já a madrasta de Miguel, Bruna Nathiele Porto da Rosa, foi condenada a 51 anos, um mês e 20 dias de reclusão, também em regime fechado. Cabe recurso.
A decisão dos setes jurados do Tribunal do Júri da Comarca de Tramandaí foi anunciada pelo juiz Gilberto Pinto Foutoura, na noite desta sexta-feira (5), um dia após o início do julgamento. Yasmin e Bruna vão responder pelos crimes de homicídio, tortura e ocultação de cadáver.
O CASO
Miguel dos Santos Rodrigues, sete anos, foi morto pela mãe e pela madrasta, em 29 de julho de 2021, em Imbé (RS), após ser torturado. Após, o corpo do menino foi colocado em uma mala de viagem e arremessado no rio Tramandaí. Câmeras de segurança flagraram Yasmin e Bruna andando pelas ruas do município com uma mala onde estava o corpo. Yasmin, a mãe de Miguel, era quem carregava a mala nos registros, gravados no começo da madrugada de 29 de julho, data do desaparecimento da criança.
Yasmin foi presa em flagrante um dia após, em 30 de julho. Ela procurou a delegacia para registrar o desaparecimento do menino, mas acabou confessando ter jogado o corpo no rio. Em primeiro de agosto, Bruna foi detida. Após, as duas confessaram ter matado Miguel e jogado o corpo no rio.
As investigações indicaram que o casal fez diversas pesquisas na internet sobre o tempo de permanência de impressões digitais humanas. Corpo de Miguel nunca foi encontrado, mas o material biológico dele foi identificado na mala usada para colocar o corpo. A identificação do DNA foi considerada prova para comprovar a morte do menino, embora a polícia não tenha localizado os restos mortais.
