A variação das cotações internacionais do barril de petróleo nos últimos dias colocou mais pressão sobre os preços internos dos combustíveis e sobre a Petrobras. Nesta quarta-feira, 3, o barril do tipo Brent, referência internacional e mais consumido no mercado fechou as negociações perto dos US$ 90 por barril, patamar atingido pela última vez em outubro de 2023. Chegou a uma alta de 0,48% a US$ 89,35 por barril, fruto de tensões geopolíticas em diferentes locais no mundo.
A estatal está chegando aos seis meses sem mexer no preço da gasolina em suas refinarias, sendo que a última alteração foi um corte de R$ 0,12 por litro no dia 20 de outubro de 2023, acompanhando queda da cotação internacional do petróleo. A Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) calculava que o preço da gasolina nas refinarias da Petrobras estava R$ 0,62 por litro abaixo da paridade de importação. Somente este ano a cotação do Brent subiu quase 18%.
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No caso do diesel, o preço das refinarias da Petrobras está R$ 0,44 por litro abaixo da paridade calculada pela Abicom. O último reajuste foi promovido no fim de dezembro, com corte de preço na véspera da retomada da cobrança de impostos federais.
Em um comunicado padrão sobre o tema, a Petrobras diz que segue “acompanhando com atenção os fundamentos do mercado internacional e nacional”. “Por questões concorrenciais, não podemos antecipar as nossas decisões de reajuste”, afirma a empresa.
O texto diz que a nova estratégia comercial da empresa considera, além da paridade de importação, “as nossas melhores condições de refino e logística para a prática de preços competitivos e mitigação da volatilidade externa, proporcionando períodos de estabilidade de preços aos nossos clientes”.