Construção civil estima déficit de 6,2 milhões de habitações no país

Para zerar o indicador seria necessário uma década e R$ 1,98 trilhão de investimentos

Crédito: Helena Pontes/Agência IBGE Notícias

O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comentou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva estava preparando medidas de para destravar o mercado imobiliário, alertando que o anúncio seria feito nesta semana com a criação de um mercado secundário de títulos imobiliários. O ministro afirmou que a equipe econômica tem mantido discussões com os líderes do setor imobiliário do país para desenvolver as medidas e que vão beneficiar também a classe média.

O segmento projeta que é possível zerar o déficit habitacional do Brasil em uma década com R$ 961 bilhões de investimento. Os dados são da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic) ao apontar uma carência de 6,26 milhões de habitações no país. O déficit registrado em 2022 teve aumento de 5% em relação a 2019, quando chegou a 5,8 milhões de domicílios, segundo dados da Fundação João Pinheiro. Para os próximos 10 anos, o estudo da CBIC mostrou que a demanda por novas habitações deve chegar a mais 6,5 milhões de novas moradias.

O levantamento mostrou que cerca de 75% do déficit atual, quase cinco milhões de moradias, estão concentrados na faixa 1 do Minha Casa, Minha Vida (MCMV), que considera famílias com renda até R$ 2.640,00. O valor médio das habitações para esta faixa de renda é de R$ 135 mil.

No último Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado recentemente  a construção civil registrou, em fevereiro, um saldo de 81.774 vagas no bimestre, uma diferença de 2,98% entre admissões e demissões.