As transações correntes do balanço de pagamentos foram deficitárias em US$ 4,4 bilhões em fevereiro de 2024, mesmo nível observado para fevereiro de 2023. Na comparação interanual, o saldo comercial aumentou US$ 1,2 bilhão; o déficit em serviços aumentou US$ 1,5 bilhão; e o déficit em renda primária reduziu US$ 343 milhões. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira, 4, pelo Banco Central.
O déficit em transações correntes nos 12meses encerrados em fevereiro de 2024 somou US$ 24,7 bilhões (1,11% do PIB), inalterado em relação ao mês anterior, mas com retração significativa em comparação a fevereiro de 2023, em que somou US$ 52,3 bilhões (2,63% do PIB).
A balança comercial de bens registrou superávit de US$ 3,4 bilhões em fevereiro de 2024, ante superávit de US$ 2,2 bilhões em fevereiro de 2023. As exportações de bens totalizaram US$ 23,9 bilhões e as importações de bens, US$ 20,4 bilhões, elevações de 12,2% e 7,3% em comparação a fevereiro de 2023.
O déficit na conta de serviços totalizou US$ 3,7 bilhões em fevereiro de 2024, ante US$ 2,1 bilhões em fevereiro de 2023. As despesas líquidas com serviços de propriedade intelectual somaram US$ 681 milhões em fevereiro de 2024, ante US$ 365 milhões em fevereiro de 2023. Na mesma base comparativa, as receitas líquidas de outros serviços de negócio totalizaram US$ 230 milhões, ante US$ 749 milhões no período anterior.
INVESTIMENTOS DIRETOS
Os investimentos diretos no país (IDP) registraram ingressos líquidos de US$ 5,0 bilhões em fevereiro de 2024, ante US$ 7,2 bilhões em fevereiro de 2023. Houve ingressos líquidos de US$ 4,5 bilhões em participação no capital e de US$474 milhões em operações intercompanhia. O IDP acumulado em 12 meses totalizou US$62,0 bilhões (2,80% do PIB) em fevereiro de 2024, com retrações em relação ao mês anterior, US$ 64,2 bilhões (2,92% do PIB) e a fevereiro de 2023, US$ 74,8 bilhões (3,76% do PIB).
Os investimentos em carteira no mercado doméstico totalizaram saídas líquidas de US$ 2,9 bilhões em fevereiro de 2024, resultado de saídas líquidas de US$ 2,1 bilhões em ações e fundos de investimento e de US$ 857 milhões em títulos de dívida. Nos doze meses encerrados em fevereiro de 2024, os investimentos em carteira no mercado doméstico somaram ingressos líquidos de US$ 4,4 bilhões.